Rússia promete retaliar Ucrânia após derrubar oito mísseis americanos
A Rússia prometeu retaliar a Ucrânia após afirmar ter derrubado oito mísseis de fabricação americana de longo alcance —do tipo ATACMS—, que foram disparados na sexta-feira (3) pelos ucranianos.
O que aconteceu
O Ministério da Defesa da Rússia afirma que o uso desses mísseis —que viajam por até 300 quilômetros— escala o conflito. "Em 3 de janeiro, uma tentativa foi feita a partir do território ucraniano para lançar um ataque de mísseis contra a região de Belgorod usando mísseis operacionais-táticos ATACMS de fabricação norte-americana", declarou o ministério, ao garantir que todos os mísseis, acoplados a 72 VANTs (Veículos Aéreos não Tripulados), foram derrubados.
Essas ações do regime de Kiev, que é apoiado por curadores ocidentais [EUA], serão recebidas com retaliação.
Ministério da Defesa da Rússia, em comunicado
De fato, o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou o uso desses mísseis em novembro do ano passado. Na ocasião, ele afirmou que a liberação era uma resposta à expansão do conflito pela Rússia, que enviou tropas norte-coreanas para o front.
Em resposta, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou usar seu novo míssil balístico com capacidade nuclear. No mês passado, Putin sugeriu que o míssil "Oreshnik" poderia ser disparado contra Kiev para testar os sistemas de defesa aéreo fornecidos pelos ocidentais à Ucrânia.
Um oficial ucraniano confirmou o ataque de ontem. Andrii Kovalenko disse que um porto marítimo em Leningrado foi alvo, chamando-o de "instrumento de sobrevivência econômica e militar para a Rússia isolada", informa reportagem da CNN Internacional.
Já a Rússia lançou 81 drones sobre a Ucrânia na noite de sexta para sábado. Alguns deles, diz o Comando da Força Aérea da Ucrânia, foram drones Shahed, de fabricação iraniana. Trinta e quatro deles foram abatidos, segundo comunicado.
Ucrânia em desvantagem
A Ucrânia começou o ano em desvantagem no conflito, que começou em fevereiro de 2022. As forças russas tomaram o controle da vila de Nadiya, na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, e, em Donetsk, as forças ucranianas perdem terreno ao sul e leste da cidade.
A Ucrânia teme ainda que o governo do presidente americano eleito Donald Trump corte ajuda militar dos EUA.
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