Milhares de mulheres voltam às ruas na Polônia para defender direito ao aborto
Milhares de mulheres protestaram nesta quarta-feira (17) em 50 cidades da Polônia contra a nova tentativa do governo de endurecer a legislação sobre o aborto. A Polônia é hoje governada pelo partido conservador e nacionalista Lei e Justiça.
A maior parte das manifestantes vestiu preto, como fizeram em outubro de 2016, quando vários protestos obrigaram o Lei e Justiça a voltar atrás em um projeto de restringir o acesso ao aborto, apesar de o partido contar com maioria absoluta no parlamento.
O estopim das manifestações foi o projeto de lei para limitar o aborto voluntário, aceito pelo parlamento no dia 10 de janeiro. Uma comissão parlamentar está revisando a proposta - uma iniciativa do grupo Stop Aborcja, que busca proibir a prática em casos em que o feto apresente má formação ou doenças irreversíveis.
O líder do Lei e Justiça, Jaroslaw Kaczynski, já defendeu em repetidas ocasiões a proibição do aborto eugênico, quando a gravidez é interrompida por motivos referentes à qualidade de vida do bebê.
A Polônia possui uma das legislações mais restritivas sobre o aborto na Europa. A atual lei, de 1993, só permite o aborto quando a saúde ou a vida da mãe estão em perigo, em casos de estupro ou incesto, ou se o feto sofre de má formação ou doença irreversível.
No dia 10, quando o parlamento aceitou o projeto de lei, optou por recusar uma proposta dos cidadãos para legalizar o aborto. A proposta permitiria a interrupção da gravidez dentro dos primeiros meses de gestação em casos nos quais a mãe justifique danos psicológicos ou condições sociais adversas para ter o bebê.
A votação abriu uma divisão no principal partido de oposição, a Plataforma-Cidadã, de centro-direita, que expulsou três deputados que votaram contra a iniciativa popular para ampliar o acesso ao aborto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.