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Obama anuncia nova resposta dos EUA contra sequestros, mas continuará a não pagar resgates

Matthias Shrader/AFP
Imagem: Matthias Shrader/AFP

Roberta Rampton

Em Washington

24/06/2015 18h12

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (24) uma resposta mais coordenada dos EUA para ajudar a resgatar norte-americanos mantidos reféns por terroristas, e reconheceu que o governo às vezes falhou com as famílias desses cidadãos. 

Após um emotivo encontro com parentes de reféns executados, ele disse: "Eu reconheci a eles, em particular, o que quero dizer publicamente, que é verdade que houve momentos em que nosso governo, independentemente de boas intenções, os decepcionou."

Ele acrescentou: "Prometi a eles que nós podemos fazer melhor."

O presidente reafirmou a principal linha de ação da política dos EUA, de que, ao contrário de alguns aliados, o governo não faria concessões ou pagaria resgates para sequestradores, dizendo que isso enriqueceria os militantes e encorajaria mais sequestros.

"Eu sei que isso pode ser assunto de um significante debate público. É uma questão difícil e emotiva, especialmente para as famílias", concordou. 

Mas ele estabeleceu uma política mais cooperativa na qual o governo trabalhará com as famílias, e disse que um enviado especial do presidente seria nomeado para coordenar os esforços policiais e diplomáticos.

A nova abordagem foi traçada em um período de seis meses, após reclamações de famílias de que suas iniciativas para libertar parentes haviam sido desencorajadas, e algumas vezes até bloqueadas, por autoridades, que ameaçaram ação legal caso resgates fossem pagos particularmente. 

A nova abordagem, estabelecida em uma diretiva presidencial, permitiu "comunicação com sequestradores por nosso governo, pelas famílias dos reféns e por terceiros que ajudem essas famílias", disse Obama a legisladores e autoridades reunidos na Casa Branca.