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Forças de Israel matam dois agressores palestinos; estratégia de Netanyahu é questionada

26/11/2015 11h58

Por Dan Williams

JERUSALÉM (Reuters) - Comandantes militares e o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, entraram em rota de colisão a respeito da estratégia correta para por fim a dois meses ataques a faca e tiroteios nesta quinta-feira, dia em que soldados israelenses mataram dois palestinos envolvidos em episódios de violência na Cisjordânia ocupada.

A violência, grande parte da qual é resultado de ações espontâneas de jovens palestinos, deixou 19 israelenses e um norte-americano mortos desde 1º de outubro. Forças israelenses mataram 90 palestinos, alguns deles enquanto realizavam ataques e outros em embates com policiais e soldados. Muitos dos mortos eram adolescentes.

    Embora a matança venha sendo causada em parte pela revolta muçulmana com as visitas de judeus ao complexo da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, o terceiro local mais sagrado do islamismo e também reverenciado pelos judeus como o cenário de dois templos bíblicos destruídos, os serviços de segurança de Israel vêm fazendo eco às autoridades palestinas ao identificar o fracasso nas conversas de paz como uma causa adicional.

    Isso vai de encontro à visão do governo israelense, segundo o qual o principal catalisador é a incitação da liderança palestina e a frouxidão do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na aplicação da lei.

    Nesta quinta-feira, tropas israelenses fizeram uma operação no vilarejo de Katane, próximo da cidade palestina de Ramallah, na Cisjordânia, o que o Exército classificou como uma busca por supostos militantes e armas. Os militares afirmaram que os moradores atiraram coqueteis molotov e pedras nos soldados, que abriram fogo contra um deles depois que medidas de contenção fracassaram.

    Autoridades palestinas afirmaram que um homem de 21 anos foi morto.

    Em outro incidente, policiais paramilitares israelenses mataram a tiro um palestino que disseram tê-los atacado com uma faca em um posto de controle de Nablus, também na Cisjordânia. O Ministério da Saúde palestino informou que o morto tinha 51 anos de idade.

((Tradução Redação Rio de Janeiro; +55 21 2223-7148)) REUTERS MPP