Coronavírus

O que sabemos sobre a vacina da Pfizer até o momento?

Por Douglas Porto

1º registro definitivo

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em fevereiro de 2021, o pedido de registro definitivo da vacina contra a covid-19 produzida pela Pfizer e pela BioNtech. À época, o anúncio sobre a aprovação ainda não era esperado, e este foi o primeiro registro do tipo definitivo concedido a uma vacina contra a covid-19 no Brasil e na América Latina.
Robson Mafra/AGIF/Estadão Conteúdo

Como funciona

Desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech, a vacina recebeu o nome ComiRNAty. Ela é feita com tecnologia de RNA mensageiro, que transporta informações genéticas ao organismo para que seja produzida uma proteína do vírus que ative o sistema imunológico para gerar resposta de anticorpos contra o patógeno.
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Armazenamento em freezer

Por ser produzido com RNA, o imunizante necessita de super-refrigeradores para ser armazenado em temperaturas muito baixas. Para manter sua validade de seis meses, precisa estar a -75ºC. No entanto, a Pfizer disse ter recebido autorização da Anvisa para armazenar as doses, durante duas semanas, em -20ºC. A mesma autorização já havia sido emitida pela FDA (Food and Drug Administration), nos EUA.
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Chegada ao Brasil

Foram adquiridos 100 milhões de doses em março -- o primeiro lote com 1 milhão de doses deve chegar nesta quinta ao Brasil (29) e será distribuído só para capitais, segundo o Ministério da Saúde. Ao fazer o anúncio, a coordenadora do PNI (Plano Nacional de Imunização), Francieli Fantinato, ressaltou que a pasta precisa "trabalhar com a realidade do país".
RICARDO MORAES/REUTERS

Inicialmente, vamos receber o material no nosso departamento de logística em São Paulo e distribuir para as centrais estaduais, que podem armazenar [a vacina] a -20ºC por 14 dias. A partir do momento que armazenamos as doses em salas de vacinação, é na temperatura de 2ºC a 8ºC por cinco dias.

Francieli Fantinato,
Coordenadora do PNI
LECO VIANA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

Eficácia

Em novembro de 2020, a Pfizer anunciou que a vacina é segura e tem 95% de eficácia. De acordo com a farmacêutica, o imunizante previne as formas mais leves e graves da covid-19. Além disso, a eficácia da vacina foi consistente em todas as idades, raças e etnias.
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Onde vacina

A vacina está sendo fornecida, hoje, para 86 países, segundo a Pfizer. A BioNTech diz confiar na eficácia do imunizante contra as novas variantes do coronavírus. De acordo com o laboratório, a vacina já foi testada contra mais de 30 variantes e em cada ocasião obteve, no mínimo, uma "resposta imunológica suficiente". Além disso, um estudo preliminar de pesquisadores do CDC, dos Estados Unidos, apontou que o imunizante não apresenta riscos para gestantes.
Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

Estudos

De acordo com a Pfizer, o estudo clínico de fase 3 da vacina ComiRNAty foi iniciado em 27 de julho de 2020 e admitiu cerca de 44 mil participantes. Ao todo, foram 150 locais de estudos clínicos nos Estados Unidos, Alemanha, Turquia, África do Sul, Brasil e Argentina.
SIPHIWE SIBEKO

Acordo rejeitado em 2020

Antes de realizar a compra, o governo brasileiro rejeitou em agosto de 2020 a proposta da farmacêutica que previa a entrega de 70 milhões de doses até dezembro de 2021. Seriam entregues 500 mil doses até dezembro de 2020 e 2 milhões até fevereiro de 2021.
Isac Nóbrega / PR

Mudança de atitude

Após meses de críticas à Pfizer por exigências em relação a eventuais efeitos adversos da vacina, o governo de Jair Bolsonaro decidiu pagar por um seguro internacional para cobrir responsabilidade em caso de efeitos adversos do imunizante. O pagamento do seguro também foi feito para a vacina da Janssen. Juntos, os valores somam R$ 10,3 milhões.
Isac Nóbrega / PR
Publicado em 28 de abril de 2021.
Edição: Clarice Cardoso.