Nunes descarta aposentadoria e vira trunfo caso Tarcísio dispute Planalto
Quem pergunta ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sobre sua declaração de que esta foi sua última eleição, recebe como resposta que a afirmação foi dada no calor do momento do resultado das urnas, mas que a aposentadoria está longe de seus planos.
A coluna apurou que, no horizonte, está a disputa pelo governo do estado, num cenário com Jair Bolsonaro (PL) inelegível e Tarcísio de Freitas (Republicanos) candidato à presidência.
Com os microfones ligados, todos negam o desenho, mas, em conversas privadas, o assunto é tratado abertamente por todos os atores políticos.
A vitória de Nunes, com ampla vantagem de votos sobre Guilherme Boulos (PSOL), anima o grupo do prefeito a sonhar com o governo, caso as condições coloquem Tarcísio no jogo da sucessão presidencial.
Bolsonaro tenta reverter a inelegibilidade com a aprovação de anistia pelo Congresso. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tirou Bolsonaro da disputa eleitoral até 2030 por colocar em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.
O prefeito segue no ritmo de campanha e decidiu que só irá tirar férias no ano que vem. Não quer estar longe da cidade diante das previsões de chuvas no final do ano, que podem voltar a deixar a cidade no escuro, uma "maldição" vivida por antecessores.
Um tema que anima é a festa de Réveillon. "Vai ter fogos sem barulho e uma dupla sertaneja", adiantou ao UOL, sem revelar o nome dos cantores.
Só garante que não será um certo cantor de quem era fã, "mas que fez M na eleição". Uma referência ao sertanejo Gusttavo Lima, amigo de Pablo Marçal.
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