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Jamil Chade

REPORTAGEM

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Parlamento Europeu votará resolução contra golpistas no Brasil

Bandeiras da UE - REUTERS/Yves Herman
Bandeiras da UE Imagem: REUTERS/Yves Herman

Colunista do UOL

11/01/2023 14h04

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Os principais partidos políticos da Europa entram em um acordo para colocar na agenda do Parlamento Europeu a situação brasileira. O debate sobre os ataques contra a democracia no país ocorrerá no dia 19 de janeiro.

A proposta é de que uma resolução seja proposta e votada, condenando os golpistas e mostrando apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fontes no Parlamento apontam ainda que o debate deve ainda ser usado para denunciar as políticas de Jair Bolsonaro e sua ação ao incentivar o ódio.

A proposta foi iniciada pela eurodeputada Anna Cavazzini e ganhou o apoio de uma parte substancial do Legislativo.

A ofensiva ocorre no momento dia em que a União Europeia declarou seu apoio aos esforços do Brasil de investigar os responsáveis pelos ataques contra Brasília.

"Saudamos os esforços contínuos para investigar os responsáveis pelos ataques à democracia brasileira e pelos atos de vandalismo contra a propriedade pública e o patrimônio histórico nacional", disse a UE.

"A UE lembra que o exercício dos direitos e liberdades democráticas deve ocorrer com respeito à Constituição e às instituições democraticamente eleitas. As diferenças políticas não podem justificar atos criminosos ou colocar em questão os resultados de eleições democráticas", defendeu.

"A UE reitera sua confiança na democracia do Brasil e na força de suas instituições. Nossa convicção é que elas prevalecerão sobre a violência e o extremismo", afirmou.

A declaração desmonta qualquer insinuação por parte dos suspeitos de que as operações poderiam estar ocorrendo de forma irregular, ou violando direitos humanos.

Dentro do governo brasileiro, o gesto europeu de confiança nas instituições nacionais também segue o esforço do Itamaraty de dar uma mensagem de que o país conta com mecanismos para lidar com a crise e que não há um risco, nem para o governo e nem para a democracia.

A UE chamou os eventos de domingo de "motins e um ataque aberto contra as instituições democráticas do país", além de qualificar os atos como "vandalismo" diante da posse do "presidente democraticamente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva".

"A União Européia condena firmemente estes atos chocantes de violência política, e o ataque inaceitável contra a democracia que eles representam", disse. "Expressamos nossa solidariedade ao Presidente Lula e às instituições brasileiras em sua defesa da democracia, e apoiamos as medidas adotadas para restaurar a ordem e o respeito ao Estado de Direito", afirmou.