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Opinião

Profissões menos prestigiadas no país levam boa parte de vagas no Congresso

Uma pesquisa feita pelo Ipesp (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo) mostrou quais são as profissões que têm mais prestígio entre a população brasileira. Medicina foi a citada pela maioria dos entrevistados, enquanto a carreira de menor prestígio foi a de político.

A pergunta feita para os entrevistados foi sobre qual profissão queriam para seus filhos. Durante o programa Análise da Notícia, o colunista do UOL José Roberto de Toledo destacou que as profissões menos prestigiadas são as seguidas por grande parte dos deputados brasileiros.

Brasileiros votam, mas não seguem profissões que dominam o Congresso. A profissão é boa para os deputados, mas não é boa para os filhos.
José Roberto de Toledo

Medicina domina preferência. Enquanto 89% dos entrevistados colocaram a medicina como a profissão de maior prestígio, o perfil dos deputados, de certa forma, bate com essa preferência. São 36 médicos na Câmara, o que representa um total de 7% do total.

Na sequência, aparecem:

  • Engenharia (84%), que tem 26 deputados (5% do total);
  • Veterinária (82%), que tem apenas um deputado;
  • Administração de empresas, que é uma das profissões preferidas dos deputados uma vez que 16% da Câmara é composta por administradores ou empresários.

Profissões menos prestigiadas estão presentes na Câmara. A profissão de menor prestígio é de político, com apenas 25% de aprovação dos entrevistados. Na sequência aparecem motorista de caminhão (41%) e influenciador de rede social (43%). As profissões que aparecem em seguida como menos prestigiadas estão bastante presentes na Câmara. São elas: Policial civil ou militar, que é a profissão de 41 parlamentares (8% do total), padre, freira ou pastor, ofício de 29 deputados (6% do total), e também militares, que recentemente se aventuraram cada vez mais dentro da política.

Falta sincronia entre o que a população considera prestigioso e aquelas pessoas em que votam. Elas votam, mas não seguem, essa é a moral da história.
José Roberto de Toledo

Profissões do futuro. A pesquisa também indicou quais são as profissões que são consideradas as que terão grande prestígio no futuro. Os médicos lideram novamente, seguidos por professores e enfermeiros, que são áreas consideradas importantes, mas mal remuneradas. As profissões consideradas com menos futuro são influenciador de redes sociais, importante para apenas 18% dos entrevistados, políticos (19%), artistas (20%) e atletas e publicitários.

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Mais jovens pensam em mudar de profissão. Outro ponto destacado pela pesquisa foi que os mais jovens, a chamada Geração Z, tem a perspectiva de mudar de profissão. Enquanto 48% dos jovens afirmaram que essa possibilidade é concreta, as pessoas mais velhas, que nasceram entre 1945 e 1964, afirmaram em 67% das vezes que não têm esse plano.

Brasil é uma roça avançada e tecnológica. A pesquisa também apontou que 47% das pessoas entrevistadas acham que o agronegócio é o setor que gera mais riqueza para o Brasil, enquanto no segundo lugar, bem distante, aparece a indústria, resposta de apenas 11% dos entrevistados. Fechando o pódio, na terceira colocação, a educação foi citada por 10% dos entrevistados.

***

O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa:

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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