Paulo Pimenta nega 'promessa' de cargo no governo a Jean Wyllys
O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, falou que há a possibilidade de Jean Wyllys (PT) integrar o quadro do governo, mas que nenhuma promessa foi feita.
O que aconteceu:
Em entrevista ao UOL, o ministro disse que o presidente encontrou com Wyllys em viagem e apenas cogitou uma vaga para o ex-deputado. "Não houve promessa", ressaltou.
Pimenta afirmou que Lula teve uma "breve conversa" sobre o assunto, agora que o ex-parlamentar retornou ao Brasil.
Caso a possibilidade se torne realidade, a vaga para Wyllys seria no ministério de Pimenta. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o ex-deputado trabalharia na área de planejamento de comunicação.
Procurado pelo UOL, Jean Wyllys informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar o assunto por enquanto.
Recebido por Lula e Janja
Mesmo sem cargo, Wyllys foi recebido pela primeira-dama, Janja, no Palácio do Planalto. Janja publicou um vídeo do encontro no começo de julho e deu as boas-vindas ao ex-deputado, que ficou quatro anos fora do Brasil por ameaças contra sua vida.
Olha ele aqui outra vez Dia de dar um abraço apertado no nosso @jeanwyllys_real e dizer pessoalmente como é bom tê-lo de volta. O Brasil é seu! pic.twitter.com/d339vxWTjJ
-- Janja Lula Silva (@JanjaLula) July 6, 2023
Lula também postou com Wyllys e disse estar revendo o "amigo": "Vamos defender juntos um país melhor e para todos".
Feliz de rever o amigo @jeanwyllys_real no Brasil. Vamos defender juntos um país melhor e para todos.
-- Lula (@LulaOficial) July 6, 2023
: Cláudio Kbene pic.twitter.com/s60WeeUnLt
Volta já marcada por controvérsias
Hoje, o governador Eduardo Leite (PSDB), entrou com uma representação no Ministério Público contra Wyllys por homofobia. O pedido foi protocolado pelo tucano após uma discussão dele com o ex-deputado no Twitter, em que Wyllys chamou o governador gaúcho de "gay com homofobia internalizada". A crítica foi feita após anúncio do gaúcho de que ele manteria o sistema de ensino cívico-militar no Rio Grande do Sul, contrariando decisão do Ministério da Educação.
Na representação, o governador diz que a postagem do ex-deputado "desbordou" os limites da liberdade de expressão. A atitude "ofende o decoro e a dignidade de sua pessoa, mas também da função exercida pelo chefe do Poder Executivo estadual, pois a declaração pretende associar sua orientação sexual às decisões de governo", afirmou Leite.
Além do embate com o tucano, ontem o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu contra Wyllys e determinou que ele apague postagens no Twitter que citam o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, e o senador licenciado Marcos do Val (Podemos-ES). O juiz entendeu que as postagens são potencialmente danosas à imagem de Fakhoury e Do Val.
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