Topo

Josias de Souza

Fernando Collor: 'Já vi esse filme e não foi bom'

 Marcos Oliveira/Agência Senado
Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Colunista do UOL

23/04/2020 04h28

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O senador Fernando Collor, eleito presidente da República em 1989, enxerga similaridades entre o seu governo, interrompido por um processo de impeachment em 1992, e a gestão de Jair Bolsonaro. "Eu já vi esse filme e não foi bom", anotou Collor nas redes sociais.

Em timbre didático, Collor escreveu: "Cabe ao presidente da República reunificar o país." Em tom de lamento, ele acrescentou: "Mas o que estamos vendo é a divisão entre pessoas, famílias e amigos. Isso é muito ruim." Arrematou: "O problema é grave e de consequências imprevisíveis."

Um dos personagens do "filme" estrelado pelo ex-presidente, Roberto Jefferson, mandachuva do PTB, também retornou ao palco. Ele integrou o que se convencionou chamar na época de "tropa de choque" de Collor no Congresso. Posteriormente, fez história ao denunciar o mensalão, escândalo que lhe rendeu uma sentença de sete anos de cadeia por corrupção e levou a cúpula do PT para a cadeia.

Agora, Jefferson alia-se a Bolsonaro para denunciar uma hipotética conspiração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para cavar o impeachment do capitão. "Está chegando um momento de radicalização", antevê o neo-aliado de Bolsonaro.

Jefferson soa dramático: "A pressão é tão grande que, se tentarem, num movimento de rua, sustentar um pedido de impeachment, vão ter que enfrentar a turma do Bolsonaro. E aí o pau vai cantar. Quando você enfrenta a força, você tem que opor a força a ela. Não tem saída."