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CPI investiga negócios firmados sob a obsessão de Bolsonaro pela cloroquina
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A CPI da Covid mudou de patamar. Até aqui, a comissão seguia as pistas deixadas por Bolsonaro para confirmar a inépcia administrativa do governo na gestão da pandemia. Nas próximas semanas, a investigação ganhará uma face financeira. Sem alarde, os senadores do G7, grupo majoritário da CPI, inauguraram a nova etapa ao incluir no rol de convocações aprovadas nesta quarta-feira o nome do empresário bolsonarista Renato Spallicci.
Spallicci é presidente da Apsen Farmacêutica. Vem a ser o maior fabricante de hidroxicloroquina do país. Em notícia veiculada em março, a Folha informou que a empresa assinou em 2020 dois empréstimos com o BNDES, o banco estatal presidido por Gustavo Montezano, amigo de infância dos filhos de Bolsonaro. Juntos, os financiamentos do BNDES à Apsen somam R$ 153 milhões, dos quais R$ 20 milhões já foram liberados.
Documentos oficiais obtidos pela CPI vinculam Bolsonaro à intermediação do fornecimento de insumos a um par de empresas para a fabricação de hidroxicloroquina. A Apsen Farmacêutica é uma delas, A outra é a EMS, vistosa logomarca do mercado de remédios. São esses fios da meada sanitária que os senadores do grupo majoritário da CPI desejam puxar nas próximas semanas.
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