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Alckmin inaugura em SP o tucanato sem PSDB
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A pesquisa Datafolha sobre a disputa pelo governo de São Paulo revela o surgimento de uma velha novidade. Chama-se Geraldo Alckmin. Moído na campanha presidencial de 2018, aparece na primeira colocação, nove pontos percentuais à frente de Fernando Haddad, o segundo colocado. Prestes a trocar de partido, Alckmin inaugura uma nova linhagem política: o tucanato sem PSDB.
Na largada da corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, o velho Picolé de Chuchu, personagem que governou São Paulo por mais tempo desde o império, ainda é visto como um candidato refrescante por 26% do eleitorado, contra 17% atribuídos ao rival petista. Empurrado pelo governador João Doria, Alckmin deixará o PSDB. Mas um pedaço expressivo do eleitorado tucano não parece disposto a deixar Alckmin.
Quase metade dos paulistas que se declaram simpatizantes do PSDB (48%) manifestam a intenção de votar em Alckmin. O vice-governador Rodrigo Garcia, um estranho que Doria enfiou no ninho tucano para supostamente representar o PSDB na sua sucessão, obteve no Datafolha uma modesta quinta colocação, com 5%. Entre os eleitores tucanos, ele soma 9%.
É muito cedo para prever a volta por cima de Alckmin, pois além de Haddad com seus 17%, estão no páreo na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes o ex-governador Márcio França, com 15%, e Guilherme Boulos, com 11%. Mas já se pode antever o possível arrependimento de Doria.
Em 2018, a parceria Bolsodoria levou Alckmin a chamar Doria de "traidor". Se Doria prevalecer nas prévias presidenciais do PSDB, invertem-se os papeis em 2022. E o apoio de Alckmin pode lhe fazer muita falta em São Paulo.
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