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Incômodo de Heleno com saúde de Lula é doentio
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Durante encontro com Bolsonaro, na manhã de domingo, o general Augusto Heleno recebeu do Gabinete de Segurança Institucional a informação de que não era procedente o boato difundido nas redes bolsonaristas de que Lula estaria internado num hospital. Ao deixar o Palácio do Alvorada, o general parou para comunicar a novidade aos cerca de 30 devotos do bolsonarismo que faziam plantão no cercadinho: "Esse negócio do Lula estar doente... Não está, infelizmente".
Num segundo comentário, Heleno soou messiânico: "Vamos torcer para que tenhamos um futuro melhor." A Presidência de Lula não cabe no futuro idealizado pelo general: "Na mão do cachaceiro, não vai", ele declarou.
Uma devota de Bolsonaro perguntou a Heleno: "Qual é a nossa chance diante dessa lambança que o TSE fez?". E ele, enigmático: "Vamos aguardar."
É como se o general desejasse alimentar os protestos golpistas que se escoram na tese segundo a qual um fenômeno qualquer acontecerá para desfazer o resultado das urnas do segundo turno, consagrando Bolsonaro como presidente eterno do mundo da Terra plana.
Antes do tira-teima do segundo turno, Heleno escreveu um artigo pedindo aos eleitores que não votassem em Lula. O texto não fez uma mísera alusão ao governo Bolsonaro. Quem leu ficou com a impressão de que o general teve vergonha de declarar que rejeita Lula por receio de perder a boquinha salarial.
Sob Bolsonaro, os comandantes de escrivaninha do Planalto, como o general Heleno, passaram a receber até R$ 78,6 mil mensais, o dobro do salário dos ministros do Supremo.
O incômodo de Heleno com a saúde de Lula é doentio. Revela que o general sofre de bolsonarite aguda. Essa moléstia tem sintomas muito parecidos com os da estupidez.
A única diferença entre a estupidez e a bolsonarite é que a estupidez tem cura.
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