Grotesco perde o fôlego em SP
O eleitorado de São Paulo sinaliza a intenção de atender parcialmente ao desejo de Pablo Marçal. A situação do franco-provocador pode ser resolvida já no primeiro turno. Não com uma vitória acachapante, mas com o expurgo de Marçal da disputa. O ódio sem causa está mais distante de um provável segundo turno.
Seguindo tendência já captada pelo Datafolha, pesquisa Quaest aponta um declínio de Marçal (20%). Em uma semana, desceu três pontos. Rircardo Nunes (24%) ficou do mesmo tamanho. E Boulos (23%) oscilou dois pontos para o alto. Nessa pesquisa, o quadro ainda é de empate triplo. Mas Marçal, agarrado na beirada da margem de erro, está prestes a cair do primeiro pelotão.
Essa é a primeira pesquisa pós-cadeirada. Deve-se observar, entretanto, que as entrevistas foram feitas entre domingo e terça-feira. Significa dizer que o resultado captou apenas parcialmente os efeitos do pancadão de Datena na TV Cultura e dos novos barracos de Marçal no debate Rede TV-UOL. Datena (10%) obteve na Quaest o acréscimo dois pontos.
O Datafolha desta quinta-feira deve trazer esboço mais nítido de uma conjuntura que deixou zonzos os comitês, especialmente o de Marçal, que vagueou em poucas horas entre a encenação do paciente agonizante na ambulância e a retomada da pose de valentão indomável. Submetido às oscilações, o eleitor sinaliza que o grotesco perde o fôlego em São Paulo.
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