Josmar Jozino

Josmar Jozino

Siga nas redes
Reportagem

PF já tem pista de bando que levou joias de cofres do penhor da Caixa em SP

A Polícia Federal já tem pista dos assaltantes que invadiram o setor de penhor da Caixa Econômica Federal da rua 13 de Maio, no Paraíso, zona sul paulistana, onde arrombaram cofres com maçarico e fugiram carregando joias de clientes.

O crime aconteceu na noite do último dia 23 e foi divulgado em primeira mão pelo repórter Alan Covas, da Jovem Pan. Uma mulher, cujo nome é mantido em sigilo, telefonou para a emissora informando que as joias da família dela tinham sido levadas por ladrões.

O que diz a Caixa

Procurada pela reportagem, a Caixa comunicou por meio de nota que informações sobre ocorrências criminosas são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes.

A nota diz ainda que a Caixa possui estratégia, políticas e procedimentos de segurança para a proteção de seus clientes e empregados.

Prejuízo bilionário

Até agora não foram revelados quantos cofres acabaram arrombados e qual o valor levado pelos criminosos. Policiais ouvidos pela reportagem na condição de anonimato acreditam que o prejuízo é bilionário, pois têm informações de que havia ao menos um milhão de peças de joias na agência. Esses dados, no entanto, não são confirmados.

A apresentadora Isabela Leite, da Globo News, informou nesta manhã que a PF avançou nas investigações e conseguiu dados de veículos possivelmente utilizados pelo bando. Os agentes teriam a placa e o modelo de um dos carros usados na ação.

Alarme desligado

A princípio havia a informação de que os criminosos tinham cortado a energia elétrica do quarteirão onde fica a agência. A Polícia Federal apurou, porém, que apenas o sistema de alarme do banco foi desligado pela quadrilha.

Continua após a publicidade

Peritos da PF estiveram na agência para colher impressões digitais e outras provas, como fios de cabelos, para confrontá-las em banco de dados onde estão inseridos os perfis genéticos de assaltantes especializados em grandes roubos a agências bancárias, e assim poder identificar os autores do crime.

Outros roubos

Não é a primeira vez que um setor de penhor da CEF é atacado. Em 17 de outubro de 1998, assaltantes invadiram a agência da rua Augusta, no bairro paulistano dos Jardins. O zelador e o porteiro do prédio onde funcionava o banco foram rendidos.

O crime foi cometido pela quadrilha de José Carlos Rabelo, o Pateta. Ele é condenado a 106 anos por roubos, sequestros e associação criminosa e está preso ema penitenciária no interior paulista.

Era sábado. Funcionários de uma obra trabalhavam no prédio. Eles também foram dominados e obrigados a arrombar com as próprias ferramentas dezenas de cofres. Os ladrões levaram R$ 6 milhões em joias de 5 mil clientes. Dois irmãos de Pateta agiram com ele.

Um ano depois, em 24 de outubro de 1999, um domingo, Pateta coordenou roubo idêntico, dessa vez no setor de penhor da Caixa Econômica Federal de Santo André, no ABC. Foram levados de 450 clientes um lote de seis mil joias, avaliado em R$ 5 milhões.

Continua após a publicidade

Para entrar no banco, os criminosos usaram uniforme igual aos utilizados por funcionários da empresa responsável pela segurança no local. Os ladrões alegaram que faziam uma ronda e queriam saber se estava tudo bem. Em seguida renderam quatro vigiantes.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes