Josmar Jozino

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Bando corta energia de quarteirão em SP e arromba cofres com joias da Caixa

A Polícia Federal investiga um furto ao setor de penhor de joias da Caixa Econômica Federal localizada na rua 13 de maio, número 1.970, no Paraíso, zona sul de São Paulo. O crime, que aconteceu na semana passada, foi revelado hoje pela Jovem Pan e confirmado pelo UOL. Os ladrões cortaram a energia elétrica do quarteirão inteiro para concretizar a ação.

Fontes ouvidas pela reportagem disseram que a Caixa Econômica Federal ainda não fez um levantamento de quantos cofres foram arrombados e qual o valor levado pelos assaltantes. Mas afirmaram acreditar que o prejuízo pode ser bilionário.

A coluna procurou a assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal, que não se manifestou até a publicação deste texto.

Os ladrões usaram maçarico para abrir os equipamentos. Há suspeita de que a quadrilha ficou durante toda a madrugada na agência de penhor e fugiu ao amanhecer.

O crime foi mantido em sigilo pelas autoridades até o final da tarde de hoje, quando uma cliente ligou para a agência para pedir informações sobre o pagamento da mensalidade do penhor e foi comunicada sobre o furto e também que as joias dela não estavam mais com a Caixa Econômica Federal, de acordo com a Jovem Pan.

Na manhã de desta sexta-feira, a Polícia Militar foi acionada agência para checar uma denúncia de bomba no local. Policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), especialistas em explosivos, foram acionados e constaram que o objeto encontrado não era artefato.

Os PMs liberaram o local às 11h. Uma investigação foi aberta para apurar quem deixou uma mala com o objeto nas imediações da instituição do governo federal.

Agente coloca traje anti-bomba para checar suspeita de artefato na 13 de Maio
Agente coloca traje anti-bomba para checar suspeita de artefato na 13 de Maio Imagem: Reprodução/RecordTV

Roubos semelhantes

Esta não é a primeira vez que um setor de penhor da CEF é atacado. Em 17 de outubro de 1998, uma quadrilha invadiu a agência da rua Augusta, no bairro paulistano dos Jardins. O zelador e o porteiro do prédio onde funcionava o banco foram rendidos.

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O crime foi cometido pela quadrilha de José Carlos Rabelo, o Pateta. Ele é condenado a 106 anos por roubos, sequestros e associação criminosa e está preso ema pentienciária no interior paulista.

Era um sábado. Funcionários de uma obra trabalhavam no edifício. Eles também foram dominados e obrigados a arrombar com as próprias ferramentas dezenas de cofres. Os ladrões levaram R$ 6 milhões em joias de 5 mil clientes. Dois irmãos de Pateta agiram com ele.

Um ano depois, em 24 de outubro de 1999, um domingo, Pateta coordenou roubo idêntico, dessa vez no setor de penhor da Caixa Econômica Federal de Santo André, no ABC. Foram levados de 450 clientes um lote de seis mil joias, avaliado em R$ 5 milhões.

Para entrar no banco, os criminosos usaram uniforme igual aos utilizados por funcionários da empresa responsável pela segurança no local. Os ladrões alegaram que faziam uma ronda e queriam saber se estava tudo bem. Em seguida renderam quatro vigiantes.

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