Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
'Que Carlos Bolsonaro siga mesmo caminho de Roberto Jefferson', diz Freixo
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Após a prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, ser decretada em meio ao inquérito do Supremo Tribunal Federal que investiga milícias digitais que atentam contra a democracia, o líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Marcelo Freixo (PSB-RJ), postou nas redes sociais o desejo que "que Carlos Bolsonaro siga o mesmo caminho de Roberto Jefferson".
A prisão preventiva do aliado do presidente da República pela Polícia Federal foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e ocorreu na manhã desta sexta-feira (13). Também está sendo realizada uma operação de busca e apreensão de armas e munições e computadores, celulares e dispositivos eletrônicos de Jefferson. Moraes também ordenou o bloqueio das redes sociais para a "interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições Democráticas e às eleições".
À coluna, Freixo afirmou que a prisão de Jefferson "não deixa de ser um recado para Carluxo, que não só já é investigado pelas rachadinhas, o que atinge toda a família Bolsonaro porque isso não uma exclusividade dele, mas por ser um dos mais ativos na produção de mentiras nas redes sociais".
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) controla as redes sociais do pai e foi apontado na CPMI das Fake News como um dos responsáveis pelo chamado Gabinete do Ódio - estrutura que opera dentro do Palácio do Planalto para atacar quem é visto como adversário do governo federal, de ministros do Supremo a jornalistas.
Para o deputado do PSB, a prisão do presidente do PTB é um recado para que a política seja o lugar do debate de ideias e não da produção criminosa de mentiras.
"Lamentavelmente, Roberto Jefferson e a família Bolsonaro são todos do Rio de Janeiro. E lá todos nós os conhecemos de longa data. Não à toa, o Rio teve tantos governadores presos e é um berço de milícias. Essa política está marcada por crime, corrupção e mentira. Tudo faz parte do mesmo pacote", afirma.
"Então, a nova prisão de Roberto Jefferson, agora fruto de seu novo personagem, é importante para reestabelecer à República brasileira o sentido de que a política não pode ser o lugar da ameaça e do crime." Delator do escândalo do Mensalão, o ex-deputado foi condenado a sete anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e cumpriu 14 meses em regime fechado, indo para o regime domiciliar em maio de 2015.
Aberto em julho por ordem de Alexandre de Moraes, o inquérito que investiga uma "organização criminosa" digital que atenta contra a democracia bebeu nos conteúdos coletados pelas investigações relacionadas aos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos e substituiu este segundo. o presidente da República já demonstrou a aliados que teme a responsabilização de seus filhos, principalmente do vereador Carlos Bolsonaro.