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Petistas reclamam, mas JN foi quem melhor noticiou vitória de Lula na ONU
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A notícia de que o Comitê de Direitos Humanos da ONU considerou que o ex-presidente Lula teve seus direitos políticos violados em 2018 e que sua proibição de concorrer às eleições naquele ano foi "arbitrária" teve enorme repercussão no Brasil.
A informação, antecipada na quarta-feira (27) pelo jornalista Jamil Chade, no UOL, foi confirmada oficialmente nesta quinta-feira (28). Neste intervalo de tempo, a notícia gerou muitas reações nas redes sociais contra a Globo, acusada por petistas de pesar a mão no noticiário contra Lula e a favor do juiz Sérgio Moro e da Operação Lava Jato durante anos.
Curiosamente, foi o "Jornal Nacional", da Globo, quem melhor noticiou a vitória de Lula na ONU. O telejornal produziu uma reportagem de 6 minutos e 20 segundos sobre o assunto nesta quinta-feira. De Genebra, na Suíça, onde fica o Comitê de Direitos Humanos da ONU, a repórter Bianca Rothier reproduziu vários trechos da decisão, que sublinham erros cometidos pela Lava Jato e por Moro, com a consequência de violarem direitos de Lula.
A jornalista observou que a decisão tem um valor, sobretudo, "simbólico", pois não tem poder de obrigar o governo brasileiro a tomar nenhuma atitude. Detalhou que o comitê é formado por 18 especialistas independentes de várias partes do mundo, mas que não atuam em nome de seus países; apenas dois não endossaram a íntegra das conclusões do documento.
O JN ainda deu espaço para o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, que classificou a decisão como "histórica". O ex-juiz Sergio Moro teve direito a 45 segundos, para reiterar a sua visão de que agiu corretamente e nunca perseguiu Lula. Os procuradores da Lava Jato não quiseram comentar.
O "Jornal da Band" tratou do assunto ainda na quarta-feira, numa nota rápida de 28 segundos. O "SBT Brasil" ignorou o assunto.
O "Jornal da Record", nesta quinta, noticiou o caso no meio de uma reportagem sobre a agenda do presidente Jair Bolsonaro. "Nos bastidores, o presidente reagiu com indignação à decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que concluiu que o ex-presidente Lula sofreu violações durante a operação Lava Jato", disse o repórter Thiago Nolasco. "O comitê quer que o governo brasileiro apresente uma reparação ao ex-presidente. O país não é obrigado a acatar a sugestão", acrescentou. Nolasco também leu uma nota do ex-juiz Moro, mas não disse o que Lula ou seus advogados comentaram a respeito.
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