Para petistas do governo, brasileiros em Gaza estão reféns de Israel
A autorização do governo de Israel para os brasileiros deixarem a Faixa de Gaza depende de um de dois fatores: o resultado da reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) ou a visita do presidente norte-americano, Joe Biden, a Israel.
Os dois assuntos devem ter solução nesta terça-feira (17). É que estão marcadas para hoje tanto a ida de Biden a Tel Aviv como a reunião do colegiado da ONU em que será votada a proposta brasileira de resolução da entidade sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
O governo israelense espera que a resolução, diferentemente da proposta russa, condene veementemente o ataque terrorista do Hamas, não exija o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e seja condescendente com a ofensiva de Israel sobre os civis palestinos.
Para analistas do Planalto, mesmo que o Brasil proponha uma resolução na forma como Israel exige, o texto terá grandes dificuldades de ser aprovado. O mais provável é que a Rússia vete a sua aprovação. A proposta russa de resolução foi derrotada na reunião do Conselho de Segurança que ocorreu nesta segunda-feira (16).
A maior esperança do governo brasileiro reside na visita de Biden a Israel. A expectativa é que o presidente dos EUA convença o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a concordar com a abertura imediata de um corredor humanitário para retirada dos estrangeiros da Faixa de Gaza, pela fronteira com o Egito, antes da invasão por terra da região.
A instalação do corredor humanitário permitiria a saída dos brasileiros, que já estão na fronteir à espera da autorização para sair, antes de uma provável carnificina de civis palestinos.
É por depender desses fatores para liberação dos brasileiros em Gaza que os diplomatas do Brasil têm pisado em ovos na relação com Israel.
À boca pequena, o que os petistas do governo dizem é que os brasileiros em Gaza estão reféns do governo israelense. Tanto quanto os prisioneiros do Hamas, detidos no ataque terrorista de 7 de outubro.
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