Hospital Pedro Ernesto (RJ) não emitiu alerta sobre subvariante da ômicron
É falsa a informação que circula por email e Whatsapp de que um suposto médico do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), teria emitido um alerta sobre a subvariante XBB, da ômicron. A instituição de ensino desmentiu o aviso.
O pedido de checagem foi enviado ao UOL Confere pelo email uolconfere@uol.com.br e pelo Whatsapp (11) 97684-6049.
O que diz a mensagem? O texto afirma que o alerta é feito por um médico, não identificado na mensagem, do Hospital Universitário Pedro Ernesto. "Todos são aconselhados a usar uma máscara porque o novo coronavírus variante COVID-Omicron XBB é diferente, mortal e não é facilmente detectado adequadamente", diz um trecho do conteúdo falso.
A mensagem traz uma série de outras afirmações falsas e pede que o conteúdo seja compartilhado com amigos e familiares.
Uerj nega alerta. Procurada pelo UOL Confere, a assessoria de imprensa da Uerj, instituição que administra o Hospital Universitário Pedro Ernesto, negou que tenha enviado o email. A universidade também ressaltou que as informações oficiais sobre a covid-19 e suas variantes são divulgadas nos sites e perfis da instituição de ensino, do hospital e da Secretaria Estadual de Saúde.
"Apenas essas fontes são válidas, quaisquer outras informações não devem ser consideradas como oficiais da Universidade ou do Hospital Universitário Pedro Ernesto", conclui a nota.
Subvariante não é mortal. Ao UOL Confere, o doutor em Saúde Coletiva Marcos Junqueira do Lago, que atua como coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário Pedro Ernesto, negou que a subvariante XBB seja "mortal", como diz o texto falso.
"Não temos muito conhecimento sobre a XBB porque ela não está circulando no Brasil nem circulando de forma significativa fora do país. Tanto que a OMS [Organização Mundial da Saúde] não a classificou como subvariante de atenção ou preocupação", explicou o especialista.
Em um comunicado emitido em 27 de outubro, a OMS explicou que, apesar do aumento de casos de covid-19 pelo mundo, não havia motivo para classificar a XBB e a subvariante BQ.1 com preocupação ou atribuir novo rótulo. "É uma subvariante descrita, mas não tem significância clínica", acrescentou Marcos Junqueira do Lago.
Tanto a BQ.1 quanto a XBB apresentam mais resistência às vacinas, mas, ainda assim, a vacinação continua sendo eficaz, principalmente contra casos graves. Em geral, os sintomas seguem os já conhecidos por outras cepas: dor de cabeça, febre, dor de garganta e cansaço.
Casos no Brasil. O Ministério da Saúde informou ao UOL Confere que não recebeu notificações referentes a infecções pela subvariante XBB no Brasil. Já em relação à BQ.1, foram identificados 12 casos, enquanto outros 28 estão relacionados à BQ.1.1.
Apesar do balanço nacional, a Secretaria de Saúde de Pernambuco divulgou no último dia 12 que uma moradora do Recife havia sido contaminada com a subvariante XBB.
O UOL Confere considera como falso conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
Fabíola Cidral conta como reconhecer logo de cara uma fake news
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