Alagoas determina situação de emergência na saúde pública
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A Secretaria da Saúde de Alagoas (Sesau) divulgou nesta terça-feira (29) o primeiro boletim epidemiológico das áreas atingidas por enchentes no Estado, que aponta para a notificação de mais 200 pessoas com problemas em decorrência das cheias. A preocupação com doenças levou a equipe técnica que avalia casos graves de saúde no Estado a determinar situação de emergência de saúde pública.
A Sesau explica que a classificação da emergência ocorreu devido à “intensidade e situação de risco para ocorrência de casos novos de doenças (transmissíveis ou não) ou agravo”. Dois hospitais de campanha já foram montados no Estado, em Murici e Santana do Mundaú. Anteriormente, a Secretaria havia informado que havia sido decretada situação de emergência, mas por volta das 22h a própria secretaria corrigiu a informação, dizendo que não houve a formalização de um decreto, pois não houve assinatura do governador do Estado (leia errata).
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, a determinação de situação de emergência serviu para poder deslocar todas as equipes de vigilância epidemiológica e atenção básica para as cidades afetadas.
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“Existe uma possibilidade grande de termos um aumentar no número de casos de doenças graves e surtos de doenças graves. Por isso, paramos todas as demais atividades e estamos com mais de 200 profissionais nos municípios atingidos, atendendo pessoas, orientando as vítimas e realizando vacinações contra o tétano para quem teve ferimento”, afirmou.
Além dos profissionais de Alagoas, o Estado conta com o apoio do setor de vigilância epidemiológica do Rio de Janeiro e do Ministério da Saúde, além de técnicos da atenção básica cedidos pelo governo federal.
Segundo ela, a maior preocupação no momento é com os casos de leptospirose. O Estado já registrou 10 casos suspeitos, e outros devem começar a aparecer a partir de agora. “A leptospirose tem uma letalidade de até 40%. Temos também a preocupação com a cólera, já que é outra doença muito grave e que pode ressurgir com essa enchente. Mas ainda não temos caso suspeito”, disse.
Para socorrer as vítimas de animais como cobras e escorpiões, o Estado também intensificou a distribuição do soro antiofídico e o antiescorpiônico para as cidades atingidas.
Casos
Segundo os primeiros dados apresentados pela Sesau, entre os dias 23 a 28 deste mês, já foram registrados no Estado 110 casos de diarreia, 58 de síndrome respiratória e 50 de acidente por animal peçonhento, além dos 10 casos suspeitos de leptospirose – que estão sendo analisados pelo Laboratório Central do Estado, com previsão de resultados para esta quarta-feira.
O boletim aponta que a situação mais preocupante até o momento é em Quebrangulo, onde foram registrados 44 casos de diarreia e 52 de síndrome respiratória. Já Capela registra quatro casos suspeitos de leptospirose.
Diante do aumento no número de enfermidades, a superintendência de Vigilância em Saúde da Sesau alertou para que as equipes fiquem atentas a sintomas como febre com início súbito, dor de cabeça, vômito, moleza e dois ou mais episódios de diarreia. Os ferimentos no corpo também necessitam de uma atenção especial.
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