Bruno, Macarrão e Bola estão em prisão de segurança máxima em MG
O goleiro Bruno Fernandes de Souza, seu amigo e funcionário Luiz Henrique Ferreira Romão - conhecido como Macarrão - e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos – conhecido como Bola ou Paulista - deixaram por volta da 1h45 desta sexta-feira (9) o Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), na capital mineira. Após passarem boa parte da madrugada lá, seguiram, às 4h30, para o presídio Nélson Hungria, de segurança máxima, em Contagem (Região Metropolitana de BH).
Eles foram acomodados em celas separadas. É esperado que os três deixem o presídio de segurança máxima ainda nesta manhã e sigam novamente para o Departamento de Investigações, onde o delegado titular do caso, Edson Moreira, pode ouvi-los.
Bruno e Macarrão, acusados de participar do sequestro e da morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro, foram transferidos na noite desta quinta-feira (8) do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, onde o caso de homicídio está sendo investigado. Os suspeitos, que estão presos temporariamente, chegaram a BH por volta das 23h.
Muitos curiosos aguardavam a chegada dos acusados, que foram recebidos aos gritos de "assassino" e “monstro”. Enquanto Macarrão entrou com o rosto coberto, Bruno manteve a cabeça erguida. Eles não estavam algemados.
Já Bola, apontado como a pessoa que matou a ex-namorada do goleiro, foi preso na casa de um tio no bairro Copacabana, em Belo Horizonte, por volta das 19h25 de ontem.
Segundo a delegada Ana Maria dos Santos Paes da Costa, chefe da Delegacia de Homicídios de Contagem (MG), eles podem passar por interrogatório em cartório e podem ser levados para reconhecer o suposto local do crime. Ela não especificou quando isso deve acontecer.
Adolescente conta detalhes da morte
O advogado Ércio Quaresma Firpe, que representa Bruno e Macarrão, disse que seus clientes negaram participação no caso. E afirmou que pode entrar nesta sexta-feira com o pedido de habeas corpus para os seus clientes no TJ (Tribunal de Justiça.
Os dois advogados de Bola anunciaram na madrugada desta sexta-feira que desistiram de representar seu cliente.
Transferência
A autorização para a transferência de Bruno e Macarrão do Rio para Minas foi concedida pelo juiz Jorge Luís Le Cocq D'Oliveira, titular da 38ª Vara Criminal da Capital. A transferência foi autorizada após pedido do TJ de Minas. “No sentido que o crime de sequestro é conexo com o homicídio, a competência é do Tribunal do Júri de Contagem (MG)”, afirmou o magistrado.
Os suspeitos deixaram o presídio de Bangu 2, onde estavam presos, por volta das 20h30 e decolaram do aeroporto Santos Dumont às 21h45. Um avião da polícia mineira estava aguardando os suspeitos no aeroporto desde quarta-feira.
Suspeitos só falam em juízo
Durante interrogatório no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (7), após se apresentarem à polícia, Bruno e Macarrão se negaram a responder as perguntas e afirmaram que só falam em juízo. A defesa de Bruno afirmou que ele é inocente e está assustado com a situação.
É possível que haja uma acareação entre os dois acusados e o menor de 17 anos, primo de Bruno, que revelou detalhes da morte da jovem e é acusado de participação no crime.
O menor está no Instituto Padre Severino, na Ilha do Governador, e também há um pedido de Minas Gerais para que ele seja levado à capital mineira. A transferência está sendo analisada pela 2ª Vara da Infância e Juventude da capital.
Entenda as investigações
O caso de desaparecimento é investigado nos dois Estados: Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Rio, o inquérito, já concluído, apurou o crime de sequestro e indiciou o goleiro como mandante. O relatório também indicia Macarrão e o adolescente de 17 anos, primo de Bruno, como executores do sequestro. "O trabalho da Polícia do Rio de Janeiro se encerrou, e os presos estão à disposição da Justiça", afirmou o delegado titular da DH, Felipe Ettore.
Em Minas Gerais, o caso é investigado como homicídio. Segundo o delegado Edson Moreira, que conduz as investigações no Estado, o crime está 80% elucidado. Foi “premeditado, planejado e friamente executado”, definiu.
*Com informações de Rayder Bragon e Folha.com
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