Ex-policial é convocado a depor hoje sobre caso Bruno, mas ficará calado
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola ou Paulista, apontado pela polícia como quem estrangulou Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno, foi convocado a prestar depoimento sobre o caso na tarde desta segunda-feira (12), mas, por orientação de seus advogados, deverá ficar calado.
Bola, mesmo exonerado da polícia, dava aulas a policiais em seu sítio em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, e é suspeito de participar de um grupo de extermínio. Ele é o principal suspeito do assassinato de Eliza.
Segundo o advogado Zanone Junior, Bola está abatido e preocupado com a família. Ele disse desconhecer Bruno e afirmou, ainda conforme o advogado, que teve contato duas vezes com Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo do goleiro, para que ele tentasse encaixar seu filho em um time de futebol.
O advogado voltou a reclamar que não teve acesso aos autos do inquérito e deve recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo Junior, a polícia está introduzindo a “inquisição” nesse caso “Como eu posso montar uma linha de defesa sem conhecer o inquérito?”
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Depoimentos
A Polícia Civil de Minas Gerais também quer ouvir ainda nesta segunda-feira (12) os últimos três presos suspeitos de envolvimento no desaparecimento da ex-amante do goleiro. Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Flávio Caetano de Araújo foram presos na sexta-feira (9), em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Elenilson é o administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas. Já Wemerson e Flávio são amigos de Bruno e teriam ajudado a esconder o bebê de cinco meses de Eliza. Ela lutava na Justiça para que o goleiro reconhecesse a paternidade da criança.
Os três foram trazidos da penitenciária Nelson Hungria, localizada em Contagem, para o Departamento de Investigações de Crimes contra a Pessoa da capital mineira, onde chegaram por volta das 12h30. Bola também já está no DI aguardando sua vez de ser ouvido.
Entretanto, todos foram orientados pelo advogado Ércio Quaresma a não dar nenhuma declaração à polícia. O advogado diz que essa orientação deve ser mantida pelo menos até que o inquérito seja liberado para a defesa.
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