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Ex-policial e três suspeitos no caso Bruno chegam para depor, mas devem ficar calados

Rayder Bragon

Especial para o UOL Notícias<br>Em Belo Horizonte

12/07/2010 13h11

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola ou Paulista, apontado pela polícia como quem estrangulou Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno, e mais três suspeitos no caso, chegaram ao Departamento de Investigações de Belo Horizonte para prestar depoimentos. No entanto, sob orientação de seus advogados, devem ficar em silêncio.

Bola, mesmo exonerado da polícia, dava aulas a policiais em seu sítio em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, e é suspeito de participar de um grupo de extermínio. Ele é o principal suspeito do assassinato de Eliza.

Segundo o advogado Zanone Junior, Bola está abatido e preocupado com a família. Ele disse desconhecer Bruno e afirmou, ainda conforme o advogado, que teve contato duas vezes com Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo do goleiro, para que ele tentasse encaixar seu filho em um time de futebol.

O advogado voltou a reclamar que não teve acesso aos autos do inquérito e deve recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo Junior, a polícia está introduzindo a “inquisição” nesse caso “Como eu posso montar uma linha de defesa sem conhecer o inquérito?”

Os últimos três presos suspeitos de envolvimento no desaparecimento da ex-amante do goleiro. Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Flávio Caetano de Araújo foram presos na sexta-feira (9), em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Elenilson é o administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas. Já Wemerson e Flávio são amigos de Bruno e teriam ajudado a esconder o bebê de cinco meses de Eliza. Ela lutava na Justiça para que o goleiro reconhecesse a paternidade da criança.

Os três foram trazidos da penitenciária Nelson Hungria, localizada em Contagem, para o Departamento de Investigações de Crimes contra a Pessoa da capital mineira, onde chegaram por volta das 12h30.

Entretanto, também foram orientados pelo advogado Ércio Quaresma a não dar nenhuma declaração à polícia. O advogado diz que essa orientação deve ser mantida pelo menos até que o inquérito seja liberado para a defesa.