Polícia de MG quer ouvir hoje os últimos três presos do caso Bruno
A Polícia Civil de Minas Gerais pretende ouvir nesta segunda-feira (12) os últimos três presos suspeitos de envolvimento no desaparecimento da ex-amante do goleiro Bruno Souza, Eliza Samudio, 25. Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Flávio Caetano de Araújo foram presos na sexta-feira (9), em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte. Eles estavam foragidos.
Elenilson é o administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas. Já Wemerson e Flávio são amigos de Bruno e teriam ajudado a esconder o bebê de cinco meses de Eliza. Ela lutava na Justiça para que o goleiro reconhecesse a paternidade da criança.
Os três devem ser transferidos da penitenciária Nelson Hungria, localizada em Contagem, para o Departamento de Investigações de Crimes contra a Pessoa da capital mineira, ainda nesta manhã.
Entretanto, ele foram orientados pelo advogado Ércio Quaresma a não dar nenhuma declaração à polícia. O advogado diz que essa orientação deve ser mantida pelo menos até que o inquérito seja liberado para os advogados.
Os delegados que trabalham no caso, Edson Moreira, Alessandra Wilke e Ana Maria Santos, estão reunidos nesta segunda-feira para traçar o planejamento dos trabalhos desta semana.
Bruno passa mal em presídio
Preso na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, desde a última quinta-feira (8), o goleiro Bruno passou mal na madrugada desta segunda-feira e teve que ser atendido pela equipe médica local. Segundo informações preliminares, Bruno teve um mal súbito, e chegou a desmaiar.
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Um boletim médico ainda deve ser divulgado sobre o estado de saúde do atleta. Não há previsão de ele deixar o presídio hoje para depor à polícia no Departamento de Investigação, na capital.
Habeas corpus
O advogado Ércio Quaresma Firpe deve entrar hoje com pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno Fernandes, 25, e outras cinco pessoas acusadas de participar do sequestro e da morte da ex-amante do jogador. Ele disse que planeja contratar peritos criminais e advogados especializados em questões trabalhistas e de direito de imagem para montar sua defesa.
Quaresma contesta dois pontos levantados pela investigação da polícia mineira: o depoimento do adolescente J., de 17 anos, primo de Bruno, e a ausência de sangue na casa onde Eliza teria sido asfixiada até a morte. "O menor fala que deram um pedaço do corpo da vítima para os cachorros comerem. Desde quando carne humana faz parte da dieta alimentar de um rotweiller?", pergunta o advogado.
"Sou amigo do Paulista (Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar a estudante e esconder o corpo). Ele trabalha com treinamento de animais. Você pode colocar um filé mignon na frente de um cão treinado que ele não come", afirma. O defensor de Bruno acha que é necessário elaborar um novo laudo técnico para mostrar se há ou não sangue na cena do crime e se esse sangue é de Eliza.
A defesa de Bruno também está preocupada com a divulgação de fotos do jogador com o uniforme de presidiário e de sua vida pessoal. "Qual o objetivo disso, além de execrar o ser humano? Vou chamar um advogado que entende de direito de imagem para avaliar isso", prometeu Quaresma. Ele também criticou a exposição que a imprensa fez da tatuagem que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço-direito de Bruno, tem nas costas.
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