Temperatura despenca quase 30 graus em dois dias no RS
Depois de um final de semana com temperaturas próximas dos 30ºC, o Rio Grande do Sul amanheceu com a temperatura gelada nesta terça-feira (13). No dia mais frio do ano até agora, os termômetros baixaram a -0,8ºC em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, segundo a central automática do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A sensação térmica na cidade pela ação do vento foi de -5ºC.
Em São José dos Ausentes, no Planalto, a sensação térmica foi ainda mais baixa: perto dos -15ºC, segundo o 8º Distrito de Meteorologia, apesar dos termômetros marcarem -0,1ºC. Em Porto Alegre, os termômetros baixaram a 4ºC durante a madrugada e a previsão da tarde, mesmo com sol, é de temperatura abaixo dos 10ºC.
O frio intenso, que deve se intensificar mais nos próximos dois dias, é resultado de uma massa de ar polar que entrou pelo Sul do Estado ainda na tarde de domingo (11), depois que o calor deu lugar a um ciclone extratropical com ventos que chegaram a quase 100 km/h.
Segundo o meteorologista Eugênio Hackbart, a atual onda de frio deve provocar temperaturas baixas no Estado pelos próximos cinco ou seis dias. De acordo com ele, há possibilidade de neve nas regiões serranas na sexta-feira (16).
“Não sei se vamos bater recordes históricos de temperatura, mas no fim de semana a previsão é de umidade combinada com muito frio. Isso é um indício de que pode nevar”, disse. No ano passado, no final de julho, o Estado chegou a registrar temperaturas de -6ºC – recorde da década.
Em Passo Fundo, no norte gaúcho, um morador de rua morreu na madrugada. Como ele não tinha ferimentos, a polícia acredita que ele não tenha resistido ao frio de 2ºC na cidade.
A previsão para esta quarta-feira (14) é de que as mínimas no Estado cheguem a -5ºC, com tempo seco. Na quinta (15), o frio deve continuar intenso, mas a chegada de uma nova frente fria traz chuva ao Estado. O ápice da massa de ar polar deve se registrar entre a sexta (16) e o sábado (17).
O meteorologista Flávio Varone diz que as ondas de frio são comuns nessa época do ano. A diferença da atual é a intensidade, acima da média. “Em geral, são três, quatro dias de frio intenso e tempo seco. Agora o frio deve persistir por quase uma semana e se juntar à uma área de instabilidade, com chuva e neve, antes de ir embora”, explica.
Ventos fortes
Na segunda-feira (12), um ciclone extratropical atingiu o Estado e provocou estragos em várias cidades do interior. Em Canoas, na região metropolitana, as rajadas alcançaram 105 km/h, segundo a base aérea localizada no município.
Centenas de casas foram destelhadas, segundo a Defesa Civil, mas não há desabrigados. A prefeitura da cidade decretou estado de calamidade pública depois que a ventania derrubou 70 postes de iluminação e arrancou cerca de cem árvores das ruas.
No vale do Rio Pardo, região central, várias cidades também registraram estragos. Em Venâncio Aires, uma escola municipal ficou parcialmente destruída com a força do vento.
Em Santa Maria, as rajadas chegaram a 70 quilômetros horários. Em todo o Estado, mais de 150 mil casas ficaram sem luz durante todo o dia.
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