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Ventos de mais de 120 km/h afetam 2.000 pessoas e quase 500 casas em Canela (RS)

Forte temporal com ventos de até 124 km/h atingiu Canela, na região serrana do RS; VEJA FOTOS - Vanessa Franzoni/Ag.RBS/AE
Forte temporal com ventos de até 124 km/h atingiu Canela, na região serrana do RS; VEJA FOTOS Imagem: Vanessa Franzoni/Ag.RBS/AE

Do UOL Notícias

Em São Paulo

22/07/2010 18h25Atualizada em 22/07/2010 20h41

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul afirma que já contabiliza 489 casas afetadas pelas chuvas e pelos ventos de até 124 km/h que atingiram a cidade de Canela, na serra gaúcha, na noite de quarta-feira (21). Destas, 408 estão danificadas e 81 destruídas. Cerca de 2.000 pessoas foram afetadas de alguma forma pelo temporal e 180 pessoas estão desalojadas, ou seja, na casa de parentes ou amigos. Ao todo, 11 pessoas ficaram feridas com o fenômeno climático e foram atendidas no hospital de Caridade de Canela – todas já foram liberadas.

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Todas as dez regionais da Defesa Civil do Rio Grande do Sul estão em alerta. De acordo com o balanço, outras três cidades do Estado tiveram grandes prejuízos e, ao todo, 5.308 pessoas foram afetadas. Em Ibiaçá, 22 residências ficaram danificadas com a forte chuva. Em Imigrante, um vendaval e uma chuva de granizo atingiram 3.000 pessoas e danificaram cem casas, destruindo outras 20. Na cidade de Nonoai houve enxurrada e 25 moradias ficaram danificadas.

Já em Gramado e em São Francisco de Paula, o estrago ocorreu em pontos localizados, com a queda de árvores. Até o momento, a Defesa Civil não contabiliza feridos nessas cidades.

As chuvas da quarta, segundo a Defesa Civil, fazem parte de um fenômeno conhecido como "vórtice ciclônico", que intensifica as correntes de ar, sobe até as camadas mais altas da atmosfera e aumenta a quantidade de água dentro das nuvens.

O subchefe da Defesa Civil, Aurivan Chiocheta, disse que o Centro de Meteorologia do Estado prevê novas ocorrências de tempestades, com chuva forte e granizo, entre o litoral e o norte do Estado.

Segundo Chiocheta, deslizamentos de terra ainda podem ocorrer em decorrência do solo encharcado. A Defesa Civil também já está monitorando partes da região Sul do Estado, onde o rio Uruguai está elevando o seu nível com intensidade.

O prefeito de Canela, Constantino Orsolin, disse que o vendaval assustou os moradores. “Eu nunca tinha visto nada semelhante”, contou. Segundo ele, os estragos foram registrados em sete bairros da cidade, com mais de 200 árvores arrancadas.

O forte vento atingiu a região por volta das 20h40. Na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a velocidade do vento registrada foi de 123,8 km/h. Os bairros mais atingidos foram Vila dos Cedros, Vila Maggi, São José, Santa Marta, Quinta da Serra e Santa Terezinha. Onze pessoas deram entrada no Hospital de Caridade até à meia-noite – nenhuma com ferimentos graves.

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Outras cidades na serra gaúcha
Em Gramado, os estragos foram menores. De acordo com a secretária de Assistência Social da cidade, Íria de Souza Pinto, apenas os bairros que fazem divisa com Canela registraram problemas. Algumas casas e hotéis foram destelhados e árvores caíram sobre as ruas. Não há registro de feridos.

Em Nova Petrópolis, apesar da chuva de granizo, não houve destelhamentos nem quedas de árvores. Em Bento Gonçalves, 4.700 consumidores estão sem luz. Ventos removeram todo o telhado de uma casa no loteamento Zatt.

Outras cidades da Serra também tiveram ocorrências com a forte chuva. Em São Marcos, houve queda de barreira no quilômetro 110 da BR 116, por volta das 18h40 de ontem, conforme informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

* Com informações da Folha.com