Pagodeiro vai a júri popular pela morte de ex-mulher, decide Justiça
A Justiça decidiu nesta quinta-feira (14) que o pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho vai a júri popular pelo homicídio de sua ex-mulher Andréia Cristina Bezerra Nóbrega e por tentar matar seu filho Lucas Macedo Nóbrega Correia, no dia 18 de novembro de 2008. As informações são da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de SP.
O juiz Leandro Bittencourt Cano, da Vara do Júri da Comarca de Guarulhos, afirma que existem indícios suficientes para a decretação da pronúncia e que, como o réu respondeu ao processo foragido, “não faz sentido a revogação de sua prisão preventiva”, diz nota do TJ.
A data do julgamento ainda não foi definida.
Correia Filho está com a prisão preventiva decretada por homicídio. O pagodeiro, que atualmente mora no Nordeste, apareceu no escritório de seu advogado, Ademar Gomes, no último dia 29, com peruca e barba falsa para não ser reconhecido.
De acordo com o promotor Marcelo Alexandre de Oliveira, responsável pelo caso, Correia Filho agrediu fisicamente a ex-mulher e anunciou que mataria Andréia e o filho.
Segundo a versão da defesa, Andréia teria se jogado da janela com o filho do casal, Lucas. Segundo o relato, o casal voltou de um shopping, no dia do crime, e colocou o filho no quarto do apartamento.
Ao abrir uma garrafa de vinho, a mulher questionou o pagodeiro a respeito de um outro filho, recém-nascido, que ele teria com outra mulher. Ainda conforme a defesa, a esposa começou a agredir o marido verbalmente.
O casal discutiu e ela teria ido até a cozinha, pegado uma faca e cortado a mangueira de gás. Ele teria, então, tirado o utensílio da mão dela. A mulher saiu, e quando o pagodeiro se virou, ela, de acordo com a defesa, se jogou. Conforme o acusado, ele viu apenas o pé dela na janela.
Correia Filho então desceu as escadas e encontrou os vizinhos, que se aglomeravam embaixo do prédio. Pensando que o filho estava bem e com medo de ser linchado, ele fugiu.
O pagodeiro diz que o desenho que Lucas teria feito à polícia, de um homem segurando uma faca na frente da mulher, seria o momento em que ele desarmou Andréia. A defesa alega ainda que a porta estaria aberta, e a mulher poderia ter gritado ou pego um objeto para se defender.
*Com informações da Agência Estado
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