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Bispo critica casamento de noivos vestidos de Shrek e Fiona em Garibaldi (RS)

Os noivos Denise e Marcelo, que se casaram usando roupas baseadas nos personagens Fiona e Shrek - Fernando Gomes/Agência RBS/AE
Os noivos Denise e Marcelo, que se casaram usando roupas baseadas nos personagens Fiona e Shrek Imagem: Fernando Gomes/Agência RBS/AE

Do UOL Notícias

Em São Paulo

29/03/2011 17h15

No dia 12 de março, o casal Denise Flores, 30, e Marcelo Basso, 39, entrou na igreja Matriz de Garibaldi (Rio Grande do Sul) para oficializar a união de um jeito bem incomum. Eles, os noivos, e todos os convidados do casamento estavam usando roupas do filme "Shrek".

Passados cinco dias desde a cerimônia, a diocese de Caxias do Sul reprovou a ideia do casal e anunciou em nota assinada por Paulo Moretto, bispo diocesano, e  Alessandro Ruffinoni, bispo coadjutor,  que vai avaliar a necessidade de orientar os noivos com relação aos trajes utilizados em cerimônias matrimoniais.

"Como bispos, recebemos de muitos a manifestação, especialmente por e-mails, de sua perplexidade, desaprovação e preocupação com o que aconteceu na Igreja Matriz São Pedro de Garibaldi, no sábado passado, 12 de março de 2011, pela celebração dum casamento realizado em linguagem e estilo tirado do filme de desenho animado Shrek e Fiona", diz a nota divulgada no dia 17 de março e publicada na segunda-feira (28) no site da diocese.

Na nota, o bispo critica a falta de cumprimento da tradição católica por parte do casal.

"O estilo usado e as fantasias não corresponderam à nossa realidade, nem a santidade e seriedade desta celebração. Por isso, nós também desaprovamos, lastimamos o que aconteceu e compreendemos o mal estar e preocupações causadas", diz outro trecho do comunicado.

"A gente resgatou um sonho de todos os convidados, cada um se identificou com os personagens assim como eu me identifico com o significado da Fiona, que é princesa, mas tem atitude e personalidade forte", disse Denise ao jornal "Zero Hora".

O casal lamentou a reprovação da diocese e disse que também teve trabalho para convencer frei Antoninho Pasqualon a realizar a cerimônia.

"O casamento foi baseado na versão clássica da história, na Idade Média, que foi quando a Igreja teve mais poder. Eu convenci o frei lembrando do mandamento que diz para amar a Deus sobre todas as coisas. O meu sonho era me casar onde fui batizada", disse a noiva ao jornal.