Morador move ação judicial e impede sino de templo de tocar em cidade gaúcha
Uma ação judicial impede, há duas semanas, as badaladas do sino do templo Luterano de Nova Petrópolis (a 93 quilômetros de Porto Alegre), na Serra gaúcha. Incomodado com as badaladas diárias às 6h30min, o técnico em manutenção Walter da Cunha Freese, vizinho da igreja, procurou a Justiça em defesa do seu sono, que, segundo ele, não é o mesmo desde que se mudou para o apartamento onde mora. Freese, que se tornou vizinho do templo há seis meses, diz que “treme tudo dentro de casa” quando o sino toca.
Após audiência na Justiça, foi acordado que o sino parasse por um mês até que as partes entrassem em acordo. Segundo o pastor Villimar Kist, representante da Igreja Evangélica Luterana, há 80 anos tocando diariamente, o sino nunca havia sido alvo de polêmica. “As badaladas do sino fazem parte da cultura, da história do nosso povo. Nossa comunidade existe em Nova Petrópolis há 150 anos. A igreja, há cem. E só agora alguém se deu conta de que o sino está atrapalhando?”, questiona.
A discussão dividiu a cidade e dois abaixo-assinados estão sendo produzidos. Um deles, encabeçado por nove vereadores, pede a volta do sino à ativa, e deve ser entregue ao Ministério Público. Outro partiu de moradores, e reuniu mais de quatro dezenas de assinaturas. Ele requisita que o templo se adapte à legislação estadual que estabelece limites sonoros para templos religiosos. Mas o pastor Kist rebate: “Segundo a lei, até 80 decibéis de ruído é aceitável. Mas verificamos o nosso sino, e ele produz 50 decibéis”.
Em maio, uma nova audiência reunirá as partes e apontará o destino do octogenário sino do templo Luterano de Nova Petrópolis.
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