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Família de menina que morreu no carro do pai em Novo Hamburgo (RS) diz que ajudará na investigação

Lucas Azevedo

Especial para o UOL Notícias<br>Em Porto Alegre

11/05/2011 17h30

A família da menina de sete meses que morreu asfixiada, na quinta-feira passada (5),  depois de ser esquecida no carro do pai, em Novo Hamburgo (35 quilômetros de Porto Alegre), divulgou uma nota na tarde de hoje. Assinada pelos pais da criança, Julio e Andrea Flesch, o documento sucinto afirma que a família está auxiliando na investigação policial.

“Mediante a presente nota oficial, a família Flesch vem a público manifestar a imensa dor pela perda trágica da nossa pequena Júlia, sendo que nesse momento não existem palavras que possam representar a dor e o sofrimento de Julio e Andrea, os quais ainda se encontram profundamente abalados. Todos os esclarecimentos oportunos estão sendo dados às autoridades competentes, a fim de colaborar com a elucidação do caso.”

Júlia, portadora da Síndrome de Down, deveria ter sido levada pelo pai à creche após uma consulta médica. Como estava atrasado para o serviço, Julio optou em ir direto ao trabalho, e acabou esquecendo o bebê dentro do carro no estacionamento. A menina só foi encontrada cinco horas depois, no final da tarde, quando o pai retornou ao veículo.

Nessa terça-feira (10), o delegado Nauro Osório Marques, titular da 1ª DP de Novo Hamburgo, que investiga o caso, afirmou que indiciará o homem por homicídio com dolo eventual -- quando o acusado assume o risco de morte.

No entanto, essa afirmação vem causando discussões entre juristas e estudiosos no Rio Grande do Sul, cuja maioria acredita que o crime deveria ser interpretado como homicídio culposo -- quando não há a intenção de matar.

Durante esta semana, a polícia ouvirá ainda outras pessoas que tiveram contato com o empresário no dia da morte.