Operação Loki da Polícia Federal prende 38 contrabandistas de cigarros no Sul

A Polícia Federal (PF) desencadeou, na madrugada desta terça-feira (7), a “Operação Loki” nos três Estados do Sul do Brasil para desarticular uma quadrilha de contrabando de cigarros vindos do Paraguai. Ao todo, foram presas 38 pessoas incluídas nos 41 mandatos de prisão expedidos pela Justiça Federal de São Miguel do Iguaçu (PR). A PF estima que o esquema movimentava em torno de  R$ 10 milhões por mês.

Também foram presos dois policiais rodoviários estaduais do Paraná e cinco de Santa Catarina. Os integrantes da quadrilha são suspeitos de aceitar propina para facilitar a passagem de veículos com cigarros contrabandeados.  Também são cumpridos outros 41 mandatos de busca e apreensão.

Segundo a PF, os cigarros contrabandeados eram trazidos do Paraguai e distribuídos em 16 cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Paraná, a quadrilha agia em Curitiba e em quatro cidades do oeste do Estado: Foz do Iguaçu, Cascavel, Santa Terezinha do Itaipu e Céu Azul. Uma mulher de 65 anos foi presa em Curitiba, no bairro Uberaba. A PF acredita que os cigarros também eram contrabandeados até para Montevidéu no Uruguai.

As investigações começaram em junho de 2010. Na ocasião, foram apreendidos 36 veículos (dois caminhões, seis automóveis roubados e outros 28 veículos) e 109,5 mil pacotes de cigarros contrabandeados. Na operação desta terça-feira participaram 172 policiais federais e 36 policiais da Força Nacional de Segurança Pública.

Segundo a PF, o nome Loki vem da mitologia nórdica e se trata do semideus da trapaça e da falsidade. O nome foi utilizado em razão da postura dos policiais presos, que avisavam aos contrabandistas da presença da Polícia Federal e da Força Nacional em operações nas rodovias do sudoeste paranaense e oeste catarinense.