Ronaldinho Gaúcho tem nome envolvido em guerra de versões por suposto cheque sustado no Sul
O jogador do Flamengo Ronaldinho Gaúcho está no centro de uma polêmica que envolve brigas na Justiça, guerra de versões e um suposto cheque sustado de R$ 240 mil que a defesa do jogador nega.
O caso foi revelado quando a 51ª Vara Cível do Rio de Janeiro recebeu uma carta precatória sobre uma ação de indenização contra o atleta. O empresário Onoir Tresbach Bobsin, de Porto Alegre, afirma que teve um cheque, assinado pelo jogador, sustado sem nenhum motivo.
O pagamento é referente à parcela de um imóvel na zona sul da capital gaúcha em que Ronaldinho e seu irmão, o empresário Assis Moreira, abriram a casa de shows Planet Music Hall, no valor de R$ 1,2 milhão. Nas tratativas, Bobsin e seu sócio na época, Adão Miguel Carvalho de Azevedo, receberam do craque e do seu irmão dois cheques de R$ 240 mil cada um.
Segundo o advogado de Bobsin, Luiz Fernando Bonato Gusmão, o cheque em posse de Azevedo foi bloqueado pela Justiça durante um impasse entre ele e sua advogada acerca do pagamento de honorários.
“Mas o que ficou com o Onoir foi sustado sem motivo. Com certeza não foi a Justiça quem fez isso”, afirmou Gusmão, explicando que, mais tarde, o dinheiro acabou sendo liberado.
Mas devido ao transtorno que Bobsin afirma ter passado, que inclui a devolução de um caminhão recém comprado, ele pede na Justiça indenização por danos morais. “A sustação gerou abalo moral, material e lucros cessantes”, afirmou o advogado, que não entra em detalhes, mas estima uma indenização superior a R$ 500 mil.
Por outro lado, o advogado de Ronaldinho, Sérgio Queiroz, informa que o cheque bloqueado pela Justiça foi o de Bobsin. “Nada foi sustado. O valor saiu da conta do Ronaldo e ficou à disposição da Justiça. Após o acordo entre o empresário e a advogada, o dinheiro foi liberado.”
Para o representante do jogador, Bobsin está à procura de “fama”. “Quem ganha é um babaca do tipo do Onoir que fica aparecendo à custa do Ronaldo”, disse Queiroz, ressaltando que não se manifestará mais sobre o assunto.
A Justiça carioca possui um mês para enviar um oficial na casa de Ronaldinho. Após isso, o jogador terá 15 dias para se manifestar.
A advogada do ex-sócio de Bobsin que entrou na Justiça para o pagamento de seus honorários não foi localizada pela reportagem do UOL Notícias. Já o juiz Alex Gonzalez Custodio, da Vara Cível do Foro Regional da Tristeza, em Poro Alegre, não quis comentar o caso.
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