Defensoria pede exumação de corpo enterrado como sendo do menino Juan
A Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro encaminhou nesta quinta-feira (4) à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu pedido de exumação do corpo do estudante Juan Moraes, 11, morto durante operação da Polícia Militar na comunidade do Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu em 20 de junho.
O ofício enviado pelo defensor público Antônio Carlos de Oliveira questiona o processo de identificação do cadáver encontrado dez dias após o crime às margens do Rio Botas, em Belford Roxo. Uma análise conclusiva feita pela perita Marilena Campos de Lima, do Posto Regional de Polícia Técnica Científica (PRPTC) de Nova Iguaçu, indicou que se tratava de uma menina.
Porém, teste de DNA comparando material genético de familiares de Juan com amostra colhida no chinelo que o garoto usava no dia do desaparecimento supostamente comprovaram a identidade da vítima. A perita responsável pela análise inicial foi afastada de suas funções pela chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha.
O laudo de Marilena Campos de Lima foi baseado em características do tronco e do crânio da ossada encontrada em Belford Roxo, tais como extensão e consistência. O erro em relação ao sexo de uma vítima é considerado "extremamente grave" no contexto da perícia criminal.
Há a suspeita de que o corpo enterrado no Cemitério de Nova Iguaçu possa ser de outra pessoa. Na época do crime, informações veiculadas pela imprensa carioca levantaram a hipótese de que o chinelo utilizado para colhimento de material genético não estava no local onde o corpo foi encontrado, e sim na própria comunidade do Danon.
A reportagem do UOL Notícias está tentando entrar em contato com o juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva para verificar se o pedido de exumação já foi entregue à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.
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