Réu no caso Eliza Samudio, primo do goleiro Bruno deixa prisão em Ribeirão das Neves (MG)
Acusado de participação na morte de Eliza Samudio, Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Souza, deixou na noite desta quinta-feira (11) a penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte).
Ontem (10), a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) determinou a soltura do réu na mesma sessão que confirmou o júri popular dos réus Luiz Henrique Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; além do próprio goleiro.
Sales, conhecido como Camelo, deixou a prisão por volta de 18h30 e foi recebido pelo pai e por duas irmãs. O réu saiu em um carro particular escoltado por veículos da Polícia Militar. Questionado se se sente injustiçado por ter ficado preso por mais de um ano, Sales afirmou que “só a Justiça poderá responder isso.” O primo de Bruno quase não falou com a imprensa e disse que em breve se manifestará sobre o crime.
O advogado do réu, Marco Antonio Siqueira, afirmou que seu cliente é apenas uma testemunha do processo e, portanto, não deveria ter sido preso. Carlos Alberto Sales, pai de Sérgio, disse que estava ansioso pela soltura do primo e que Bruno também deveria ser solto por ser um “menino muito bom para a família”. A casa que os Sales moram, em Belo Horizonte, foi dada pelo goleiro.
Restrições
Apesar de solto, Sales terá que respeitar algumas restrições impostas pela juíza Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem. Nos dias em que não estiver trabalhando, o réu não poderá sair de casa e, caso precise sair da capital mineira, terá que pedir autorização à Justiça.
Além de Sales, dos sete réus acusados pela morte de Samudio, quatro respondem em liberdade: Dayanne de Souza, ex-mulher do goleiro; Fernanda Castro, ex-amante de Bruno; Elenílson Vítor da Silva, ex-administrador do sítio em Esmeraldas (MG); e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, amigo do atleta.
Um primo do arqueiro, menor de idade, cumpre medida socioeducativa em Minas Gerais por prazo indeterminado – a cada seis meses a sua situação é reavaliada pela Justiça. A pena poderá se estender por até três anos, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Bruno e Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão e braço direito do atleta, vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será julgado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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