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Para o paulistano, qualidade de vida caiu, e desconfiança sobre poder público municipal cresceu

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

18/01/2012 12h02Atualizada em 18/01/2012 19h24

A percepção do paulistano em relação à qualidade de vida na cidade caiu, entre 2011 e 2010, de 4,7 para 4,4 –índices abaixo da média de 5,5 em uma escala que vai de zero a dez. Na contramão, cresceu o percentual daqueles que afirmam que, se pudessem, deixariam São Paulo –que soma 11,2 milhões de habitantes. O número foi de 51% para 56% em um ano.
 
Os dados foram apresentados na manhã desta quarta-feira (18) no teatro Anchieta, no Sesc Consolação (região central), na presença de pré-candidatos à prefeitura paulistana, e integram o Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) --estipulado a partir da percepção do morador sobre 169 itens em 25 áreas da sociedade.

As piores avaliações são em relação à transparência e à participação política (nota de 3,5), acessibilidade das pessoas com deficiência (3,9) e desigualdade (4). A desconfiança sobre órgãos da administração pública municipal tiveram também avaliações ruins (as piores, em ordem, foram a Câmara, a Prefeitura, Subprefeiruras e Tribunal de Contas do Município), enquanto as melhores avaliações ficaram com Corpo de Bombeiros, Correios, Metrô e Sabesp.

A pesquisa foi desenvolvida pelo instituto Ibope Inteligência para o grupo Nossa São Paulo, que estuda o Irbem na cidade desde 2008 e sugere aos pré-candidatos que seus planos de governo se orientem pelo índice. Uma vez eleito, conforme proposta da Nossa São Paulo referendada pela Câmara Municipal, o novo prefeito terá até 90 dias para apresentar um plano de metas coerente com o Irbem e fiel às promessas de governo.

A pesquisa foi aplicada de 25 de novembro a 12 de dezembro do ano passado, em todos os perfis sociais e em todas as regiões da cidade, com 1.512 entrevistados.

Segundo a diretora-executiva do grupo Ibope, Márcia Cavallari, apenas seis áreas avaliadas ficaram acima da média de 5,5: relações humanas (família, amigos e comunidades), religião e espiritualidade, tecnologia da informação, trabalho, sexualidade  e consumo.