Presidente de ONGs é acusado de usar futebol para abusar sexualmente de menores no Nordeste
A Justiça da Bahia decretou nesta terça-feira (19) a prisão de um presidente de ONGs (organizações não-governamentais) que atuam com educação e esporte, acusado de abusar sexualmente de pelo menos cinco crianças e adolescentes de três Estados do Nordeste. Osmar Santos Lisboa teria aliciado jovens oferecendo a promessa de alavancar a carreira de jogador de futebol dos meninos.
O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Lisboa é presidente das organizações “Projeto São Caetano da Bahia” e “Associação Esportiva Onze Estrelas” e está foragido. Nessa terça (19), três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil na casa do acusado e na sede das associações presididas por Lisboa.
Segundo as investigações, Lisboa teria abusado sexualmente de pelo menos cinco crianças e adolescentes, nos últimos três meses, nos Estados da Bahia, Sergipe e Alagoas. O promotor de Justiça de Acajutiba (181 km de Salvador), Pablo Antônio Cordeiro de Almeida, disse que os jovens foram atraídos pela promessa de se tornarem jogadores de futebol profissional. O Conselho Tutelar de Acajutiba também está apurando os supostos abusos.
Nos três meses, segundo a denúncia do MP, Lisboa abusou de dois em Acajutiba, dois em Aracaju e outro durante excursão realizada em Alagoas, onde os menores participariam de um campeonato de futebol.
Projetos sociais
As cinco vítimas que denunciaram o abuso integrariam os projetos sociais das ONGs dirigidas pelo acusado. A ONG São Caetano foi instalada em Acajutiba no mês de março. No local, segundo o MP-BA, o acusado afirmava trabalhar no auxílio da formação profissional e cidadã dos jovens em situação de vulnerabilidade social por meio do esporte.
O mesmo projeto seria desenvolvido pela Associação Esportiva Onze Estrelas, em Aracaju, desde 2008. Algumas das vítimas relataram às autoridades que outras crianças e adolescentes também teriam sido abusadas sexualmente pelo acusado. As investigações ainda estão em andamento, e a Polícia pede que quem tiver informações ou denúncias ligue para o número 100.
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