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Justiça ouve últimas testemunhas em caso de garota morta por colegas; sentença deve sair até o dia 27

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

02/07/2012 21h02

A Justiça de Minas Gerais ouviu nesta segunda-feira (2) as duas últimas testemunhas arroladas no processo sobre o assassinato de uma garota de 12 anos, que teve o peito cortado e o coração arrancado. As principais suspeitas do crime são duas adolescentes de 13 anos.

O crime, de acordo com a polícia, ocorreu no dia 27 de maio, na cidade de São Joaquim de Bicas, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo da menina foi encontrado no dia 7 do mês passado, em um matagal da cidade.

A assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) informou que as duas testemunhas ouvidas hoje no Fórum de Igarapé, cidade também localizada na região metropolitana da capital mineira, foram arroladas tanto pela acusação quanto pela defesa das acusadas, que estão no Centro de Reabilitação São Gerônimo, no bairro horto, região leste de Belo Horizonte.

O teor do depoimento das testemunhas não foi divulgado porque o processo corre em segredo de Justiça.

Anteriormente, as acusadas já tinham sido ouvidas, bem como os pais delas. Ainda conforme o TJ, não haverá mais audiências sobre o caso.

A magistrada responsável pelo processo deferiu pedido do Ministério Público (MP), que solicitou a entrega das alegações finais por escrito. A sentença deverá ser proferida até o próximo dia 27.

O crime

O delegado Enrique Solla, responsável pelas investigações, havia informado que as três adolescentes eram amigas. Em depoimento, as duas acusadas teriam dito à polícia que a morte ocorreu porque a situação “saiu do controle” e que o plano das adolescentes era apenas “assustar” a menina mais nova.

Elas se relacionavam com integrantes de um grupo envolvido com o tráfico de drogas na região e tinham receio que a vítima pudesse repassar informações da rotina da gangue a membros de facções rivais, disse o policial.

A vítima era procurada desde o dia 29 do mês passado, quando a mãe dela procurou uma delegacia em Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, para relatar o sumiço da garota.