Justiça adia julgamento de apelações de PMs acusados de omissão na morte de coordenador do AfroReggae
O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) adiou nesta terça-feira (28) o julgamento das apelações remetidas pela defesa dos PMs Marcos de Oliveira Sales e Leonard Nogueira Bizarro, acusados de omissão e furto no caso do assassinato do coordenador do grupo AfroReggae, Evandro João da Silva. O crime ocorreu em 2009.
A Justiça do Rio ainda não definiu uma nova data para que as alegações sejam analisadas. De acordo com o TJ, o reagendamento foi motivado pela ausência da defesa de um dos acusados, que argumentou estar doente para não comparecer à audiência. A sessão estava originalmente marcada para a tarde desta terça-feira (28).
O crime aconteceu no início da madrugada do dia 18 de outubro de 2009. Dois homens assaltaram Evandro na rua do Carmo, no centro do Rio. Os bandidos lutaram contra o coordenador do AfroReggae, que foi jogado no chão e atingido com um tiro. Os criminosos levaram o tênis e a jaqueta de Evandro, entre outros pertences.
Enquanto Evandro ainda agonizava na rua, um carro da polícia chegou ao local. O capitão Dennys Leonardo Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Sales abordaram os criminosos. Pelas imagens das câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais próximos ao local do crime, é possível ver um dos policiais com o tênis e a jaqueta de Evandro nas mãos e um dos bandidos indo embora calmamente.
Os pertences de Evandro não foram devolvidos na delegacia, e no registro da ocorrência, os policiais não informaram a abordagem aos criminosos.
Quase dois anos após o assassinato, a Corregedoria Geral Militar decidiu optar pelo arquivamento do processo em agosto de 2011. Após a decisão, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, ordenou a prisão preventiva de Bizarro por 30 dias. A Auditoria Militar já havia condenado os dois PMs em dezembro do ano anterior pelo crime de prevaricação e os inocentado pelo crime de peculato.
Bizarro foi condenado a um ano de prisão e o cabo Sales a seis meses. Contudo, o conselho da Auditoria Militar concedeu a suspensão da pena por entender que o encarceramento dos réus não contribuiria para a ressocialização e não traria benefício à população.
Os homens acusados de assassinar Evandro foram presos dez dias após o crime e julgados em maio de 2010. Rui Mário Maurício de Macedo foi condenado a 24 anos de prisão e Reginaldo Martins da Silva a 21 anos e seis meses.
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