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Mortos em queda de monomotor em Goiás são sepultados; causas estão sendo investigadas

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

11/09/2012 14h54

As vítimas do acidente com o monomotor Cessna 172, prefixo N1009F, que caiu em Acreúna (157 km de Goiânia), no último domingo (9), foram sepultadas em três cidades do interior goiano. As irmãs Francielle Alves Freitas,19, e Andressa Alves Freitas, 14, foram enterradas em Abadia de Goiás. A outra passageira, Nívia Maria Gomes, 24, foi sepultada em Rio Verde, e o piloto Gary Paulo Costa e Silva, 42, em Pontalina. A queda do avião aconteceu por volta das 16h30 de domingo, minutos após a decolagem.

O monomotor pertencia ao piloto Gary, que o trouxe de Miami, nos Estados Unidos, mas não fez os registros obrigatórios na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em nota, a assessoria da agência informou que o Cessna 172 era clandestino, pois o prefixo da fuselagem oficialmente não consta do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), órgão responsável pelo registro de aeronaves e emissão de certificados de matrícula de aeronaves civis no Brasil.

Segundo a Anac, o avião monomotor possui registro dos Estados Unidos com autorização válida para realizar voos privados no Brasil, mas não podia cobrar pelo voo. Mesmo sem a autorização para fazer voos comerciais, Gary aproveitou a Exposição Agropecuária de Acreúna, que ocorria durante o feriado da Independência do Brasil, para oferecer voos panorâmicos por R$ 50 a cada passageiro. A queda foi assistida pelos moradores da cidade, que estavam em fila aguardando a vez de voar.

Assista a vídeo de voo em avião gravado um dia antes do acidente

No sábado (8), um dia antes do acidente, um morador de Acreúna, Elvis da Silva Dutra, 25, fez um voo, que foi gravado pelo celular, e contou ao UOL, por telefone, que percebeu que o motor da aeronave teria parado por alguns instantes. Ele tinha planos de voltar a voar no domingo (9), mas diz que assim que ficou sabendo da tragédia, um filme passou por sua cabeça. “O susto foi grande. Ninguém imaginava que isso poderia acontecer”.

As causas do acidente são investigadas pela Polícia Civil e Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).