Dez testemunhas do caso Yoki serão ouvidas hoje em tribunal de São Paulo
Começaram a ser ouvidas nesta quarta-feira (10), desde as 10h, dez testemunhas de acusação do caso Yoki, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
A audiência de instrução vai decidir se Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30, vai ou não a júri popular pelo assassinato de seu marido, Marcos Matsunaga, 42.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, a previsão é de que Elize esteja presente à audiência.
Como foi a morte
Pela versão do promotor criminal do 5º Tribunal do Júri de São Paulo, José Carlos Cosenzo, Eliza retornou à capital paulista de avião em 19 de maio, data do crime. Marcos a buscou no aeroporto. Logo após chegarem ao apartamento do casal, na Vila Leopoldina (zona oeste), pediram uma pizza. Enquanto Marcos desceu para pegar a pizza, Elize preparou o crime e se armou. “O Marcos era muito mais forte do que ela, então ela só teria aquela chance. Se não fosse de surpresa, seria quase impossível [matá-lo].”
O exame necroscópico apontou que o tiro que matou o empresário partiu de um ponto mais alto do que ele, atravessou o crânio de trás para frente e foi feito a uma distância curta, de menos de 12 cm (a queima roupa). Com base no exame, o promotor acredita que o empresário foi morto assim que entrou com a pizza ou quando estava comendo, contrariando depoimento de Eliza, que disse ter disparado após ser xingada e ter levado um tapa na cara, quando ambos estavam em pé.
Logo após o tiro, diz o promotor, Elize, que tem formação como auxiliar de enfermagem, degolou o empresário, contrariando a versão dela própria, que afirmou à polícia ter esquartejado o corpo horas depois do disparo. “Quando ele foi decapitado, ainda estava vivo”, afirmou Cosenza apoiou-se no exame necroscópico, que mostrou que havia sangue no pulmão da vítima, fato pode comprovar que ele estava respirando no momento da degola.
Depois do crime
A sessão de esquartejamento do corpo durou cerca de dez horas, segundo a denúncia do MP. Depois, Elize colocou os pedaços do corpo sacos plásticos, os guardou em malas e seguiu de carro para o Paraná. Após ser parada pela Polícia Militar Rodoviária em Capão Bonito (SP), decidiu retornar a São Paulo. Em Cotia (Grande São Paulo), espalhou os sacos ao longo da estrada dos Pires.
Após chegar à capital, pagou R$ 7.000 ao detetive e foi até um shopping, onde se desfez da faca usada no crime e comprou uma bolsa de grife –segundo o MP, para despistar a polícia.
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