Rogério Gentile

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Reportagem

Justiça de SP penhora cachês do cantor Belo por dívida de R$ 1 milhão

A Justiça de São Paulo determinou a penhora de cachês e demais pagamentos a serem feitos ao cantor Belo em razão de uma dívida calculada em R$ 1 milhão.

A determinação é da juíza Thania Cardim em decorrência de um processo no qual o cantor foi condenado a indenizar o produtor de eventos Flávio Silva Andrade.

Belo foi contratado em 2010 para fazer uma apresentação em Jaboticabal, no interior de São Paulo, mas não apareceu. Após horas de espera, houve tumulto na platéia, com quebra-quebra e pancadaria. O produtor disse à Justiça que a bilheteria foi saqueada e o bar, invadido.

De acordo com o processo, por conta da não realização do show, Andrade passou a receber ameaças, foi ofendido na rua e teve sua casa apedrejada.

O cantor se defendeu na ação argumentando que não havia recebido previamente todo o valor do cachê combinado. Declarou também que a segurança do evento não era sua responsabilidade e que não havia provas de que a bilheteria havia sido saqueada.

"A não realização do evento se deu única e exclusivamente pela conduta negligente do produtor", disse à Justiça.

Ao condenar o cantor, a juíza Adriana Sachsida Garcia disse que ele teve tempo suficiente, entre a data estipulada para o pagamento e o dia do show, para reclamar do não cumprimento integral do contrato e até mesmo, se fosse o caso, cancelar a apresentação.

A juíza afirmou que o cantor não poderia ter induzido o promotor do espetáculo a acreditar que o evento se realizaria, para, na última hora, recusar-se a fazer o show.

"O público ficou esperando por horas, na chuva, mas o cantor sequer se dirigiu à cidade onde deveria se apresentar."

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O processo já transitou em julgado, ou seja, Belo não pode mais recorrer em relação ao mérito, podendo questionar apenas o cálculo da atualização dos valores da indenização.

A condenação ocorreu em 2019, mas como até hoje ele não pagou a indenização, a Justiça determinou a penhora no dia 14 de maio.

Pela decisão, as empresas GR Show Produções Artísticas, a Onerpm Comércio e Serviços de Mídia e UHUU.Com Tecnologia devem depositar em uma conta judicial todos os valores que sejam destinados a Belo, incluindo pagamentos por shows, royalties musicais e licenciamentos. A medida atinge também casas de espetáculos nas quais há previsão de shows do cantor.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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