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Após troca de comando, secretário de segurança de SP diz que fará reuniões diárias com a polícia

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, durante sua possa na quinta-feira (22), substituindo Antonio Ferreira Pinto - Luciano Bergamaschi/Futura Press
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, durante sua possa na quinta-feira (22), substituindo Antonio Ferreira Pinto Imagem: Luciano Bergamaschi/Futura Press

Do UOL, em São Paulo

26/11/2012 15h08

Depois de anunciar a troca do comando das polícias do Estado de São Paulo, o novo secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse que vai mudar também alguns processos na relação com esses comandos, passando a fazer reuniões diárias com as polícias de São Paulo. O objetivo, segundo o secretário, é traçar estratégias conjuntas para combater a violência.

“A população espera que as polícias atuem conjuntamente e de maneira integrada, para que tenham bons resultados”, disse Grella em entrevista ao telejornal SPTV, da Rede Gobo, nesta segunda-feira (26).

As reuniões começam nesta terça-feira (27), com os comandantes das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica. “Vamos tratar estas estratégias diariamente e não descartamos nenhuma medida”, disse o secretário, que ainda afirmou que as três corporações devem receber reforços.

Na PM, a meta é colocar “mais policiamento nas ruas.” Na Civil e Técnico-Científica, ao objetivo é agilizar a chegada das equipes de investigações e perícia o mais rápido possível no local dos crimes, para facilitar a elucidação dos casos.

“Já pedi ao novo delegado-geral a agilização das investigações que estão a cargo do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), com reforços nas equipes.Nenhuma morte vai ficar sem esclarecimento”, declarou o secretário ao ser questionado sobre o aumento dos homicídios na capital e a suspeita de envolvimento de PMs em crimes.

Grella também disse que haverá uma reformulação nos trabalhos de inteligência das polícias e prometeu empenho e “trabalho intenso” para reverter o aumento de homicídios no Estado.

Troca na polícia

A Secretária de Segurança Pública de São Paulo anunciou na manhã desta segunda-feira (26) a troca de comando das polícias Civil e Militar do Estado.

O delegado Luiz Maurício Souza Blazeck, 49, será o novo delegado-geral da Polícia Civil, no lugar de Marcos Carneiro de Lima. No dia da posse de Grella, Lima chegou a afirmar que algumas vítimas da onda de violência que atinge São Paulo e a região metropolitana tiveram suas fichas criminais pesquisadas pela polícia antes de morrer. Depois, após a polêmica, disse que tal prática foi verificada no passado e não no atual momento.

Na ocasião, ele disse que se anteciparia e colocaria o cargo à disposição para que o novo secretário decidisse trocar ou não o comando da Polícia Civil.

O novo delegado-geral é natural de Sorocaba, formado em Direito e está há 26 anos na Polícia Civil do Estado. De 2002 a 2005, Blazeck assumiu a Delegacia Seccional de Sorocaba. Atuou, de 2007 a 2008, em várias funções no Decap, onde virou divisionário dos setores de Assistência Policial e Administração. Em 2009, foi delegado divisionário no DEIC e assistente no DHPP, além de ter sido promovido, por merecimento, à classe especial.

No Comando Geral da Policia Militar sai Roberval Ferreira França e assume o coronel Benedito Roberto Meira, 50, atual chefe da Casa Militar do Governo do Estado. 

Meira já atuou em diversas unidades da Polícia Militar, algumas na região de Bauru, no interior do Estado, onde foi coordenador operacional do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária e comandante do 4º Batalhão de Policiamento do Interior. Na capital, foi comandante do Policiamento de Área Metropolitano Quatro (responsável pela zona leste). Assumiu o atual cargo de secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Defesa Civil em 6 de abril de 2012, a convite do governador Geraldo Alckmin.

Na Polícia Técnico-Científica não haverá mudanças. O perito criminal Celso Perioli, 61, continua à frente do comando da Superintendência do órgão, cargo que ocupa desde 1998.