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Goleiro Bruno deixa faxina e vai trabalhar em lavanderia de presídio em Minas Gerais

 Ilustração do goleiro Bruno Fernandes de Souza durante seu julgamento no fórum de Contagem (MG), em novembro de 2012 - Hélvio/ O Tempo/ Estadão Conteúdo
Ilustração do goleiro Bruno Fernandes de Souza durante seu julgamento no fórum de Contagem (MG), em novembro de 2012 Imagem: Hélvio/ O Tempo/ Estadão Conteúdo

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

17/01/2013 10h01

O goleiro Bruno Souza, réu no processo sobre sumiço da ex-amante Eliza Samudio, está trabalhando na lavanderia da penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).

Preso no local há mais de dois anos na unidade prisional, o jogador atua no setor há pouco mais de um mês, das 8h30 às 15h, de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

Ainda conforme o órgão, apesar de ainda não ter contra si nenhuma condenação da Justiça pelo caso, o jogador tem direito, a cada três dias trabalhados, de descontar um dia de uma hipotética pena aplicada a ele.

Anteriormente, o jogador trabalhava na faxina da penitenciária e recebia três quartos do salário mínimo por mês (R$ 466,50) e gozava do direito da remição da pena. Na nova função, o jogador não receberá salário, já que, segundo a secretaria, o trabalho na lavanderia não prevê remuneração pelo Judiciário.

Bruno e mais dois réus serão julgados pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio no mês de março deste ano, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (MG).

Penalidade

Em julho do ano passado, o goleiro havia sido suspenso por 20 dias do trabalho que exercia na faxina da penitenciária em razão de ter sido punido por envio de uma carta, por meio do advogado Rui Pimenta, a um programa de televisão local.

De acordo com a Seds, a carta não teria passado pelos trâmites normais da unidade prisional. Além da proibição de trabalhar, foi vedado ao goleiro o direito de receber visitas e tomar banho diário de sol. Após o prazo, os direitos aos quais ele tinha acesso foram restabelecidos.

Na época, os advogados de defesa do réu rebateram as acusações e afirmaram que a carta teria saído de maneira legal da penitenciária.