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"A gente saiu de casa e começou a desabar tudo", diz moradora de Petrópolis (RJ)

Deslizamento de terra é registrado na rua Olavo Bilac, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro - Reprodução/Twitter
Deslizamento de terra é registrado na rua Olavo Bilac, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro Imagem: Reprodução/Twitter

Vitor Abdala

Da Agência Brasil, em Petrópolis

18/03/2013 12h56Atualizada em 18/03/2013 16h22

Eram cerca de 22h30 de domingo (17) quando a chuva forte atingia o município de Petrópolis, na região serrana fluminense, provocou um grande deslizamento de terra no bairro da Quitandinha. O deslizamento provocou o desabamento de casas e a morte de moradores. Pelo menos 16 pessoas morreram no município.

Entre as vítimas fatais estão dois irmãos --um adolescente e um bebê-- moradores do bairro de Quitandinha. Eles estavam em casa quando foram soterrados durante um deslizamento de terra.

A chuva fez duas vítimas fatais em Quitandinha, uma em Doutor Thouzet, duas em Alagoas, uma em Lagoinha, quatro em Bingen e três em Independência. Trinta e três feridos, segundo a Defesa Civil estadual foram socorridos em Quitandinha, Doutor Thouzet, Sargento Boening, Lopes Trovão, Centro, Independência, Floresta e Castelânia.

Vizinha das casas que desabaram, a doméstica Ana Lúcia Bueno conta que viveu momentos de pânico quando o deslizamento de terra começou.

Ela diz que saiu de casa, onde vive com o marido e dois filhos, quando ouviu crianças gritando socorro.

“A gente saiu de casa e começou a desabar tudo. Foi um desespero. Eu ainda tentei ir ajudar, mas meu filho me impediu. Se não fosse por isso, eu estaria morta também. Eu conheço todas as crianças. São todos amiguinhos aqui da rua. É muito triste. Eu conhecia todas elas”, disse Ana Lúcia.

Por volta do meio-dia desta segunda-feira (18), ainda chove forte na localidade e não há energia elétrica.

Moradora da região da Quitandinha, Maria de Oliveira Lima disse que conhecia uma das vítimas do deslizamento de terra.

Para ela, a imagem das casas destruídas lembram uma experiência pessoal semelhante, ocorrida em 2001, quando sua casa desabou durante a chuva forte.

“Eu perdi meu marido naquele temporal. É uma dor horrível. É um mal que não desejo para nenhum inimigo. Meus filhos escaparam por um milagre”, disse.

Segundo Maria de Oliveira, durantes as chuvas de ontem, a sirene tocou no local onde ela mora e ela pôde sair de casa, que não sofreu danos.