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Destituído por mãe de Eliza, advogado diz que cobrará honorários

Rayder Bragon e Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Contagem (MG)

27/04/2013 12h10

O advogado José Arteiro Cavalcante, que era representante da mãe de Eliza Samudio no julgamento do ex-policial Bola e que foi destituído por ela na madrugada deste sábado (27), disse que vai cobrar os honorários que supostamente lhe são devidos.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, está sendo julgado pelo assassinato da ex-modelo Eliza Samudio, amante do goleiro Bruno, no Fórum de Contagem (MG), região metropolitana de dize Belo Horizonte.

Depois do término da sessão na madrugada de hoje, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues leu em plenário uma petição enviada pela mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, na qual ela comunica a destituição de Cavalcante, por motivo de "foro íntimo".

Após tomar ciência de sua destituição e visivelmente irritado, Cavalcante disse que “não trabalha de graça porque não é defensor público”.

Depoimento de Bola

Bola começou a falar por volta de meia-noite de sábado, mas a sessão foi encerrada às 1h35 e reiniciada às 10h30 de hoje.

Ele admitiu conhecer os policiais José Lauriano de Assis Filho, o Zezé (já aposentado), e Gilson Costa.

Ambos não chegaram a ser indiciados à época no inquérito que investigou o sumiço da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, mas agora são alvo de uma investigação complementar e sigilosa feita pela Polícia Civil de Minas Gerais, a pedido do Ministério Público (MP).

No depoimento, Bola negou todas as acusações de que teria participação na morte de Eliza e disse estar preso "injustamente" há três anos.

Ele também afirmou em seu depoimento que o ex-delegado Edson Moreira, o mandou torturar um preso no pau de arara, quando os dois trabalhavam na Polícia Civil de Minas Gerais.

Vereador pelo PTN em Belo Horizonte, Moreira foi um dos responsáveis pelas investigações do caso e inimigo declarado de Bola e do advogado Ércio Quaresma, que defende o réu.