'Volta logo, papai', diz bilhete encontrado em documento de copiloto morto em acidente aéreo
Em meio ao que sobrou do avião monomotor que caiu nesta quarta-feira (29), em Sorocaba (98 km de São Paulo), foi encontrado um bilhete de amor da mulher do copiloto, Fernando Bondezan. No recado, preso ao documento do profissional, estava escrito: "Obrigada por ser esse grande homem, esse pai maravilhoso. O marido que sonhei! Agradeço a paciência... Você é tudo em nossas vidas, um amor verdadeiro e muito forte". No verso, havia uma frase que dizia respeito à filha dele, que vai completar dois anos: "Volta logo, papai".
Bondezan e o piloto Cauan Michelino morreram no acidente. O monoturbo anfíbio decolou do aeroporto de Sorocaba com destino a Jundiaí, mas caiu minutos depois em uma rua da zona norte da cidade. A asa do avião bateu em uma casa e também atingiu a fiação elétrica da rua. Houve curto circuito, e o avião pegou fogo imediatamente. Os ocupantes morreram no local. Os moradores da casa não ficaram feridos.
Na manhã desta quinta-feira (30), representantes da Defesa Civil foram à casa para verificar os riscos de desabamento. “Mantivemos a interdição apenas na parte da frente, onde existe o risco de desabamento”, disse o engenheiro José Mendes. “Todo o imóvel deve ficar fechado porque não existe energia elétrica nem água, mas depois que esses serviços forem restabelecidos, os moradores poderão voltar”, acrescenta.
O dono da casa, segundo o engenheiro, deve procurar pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) para pedir os reparos necessários. Os destroços do avião foram levados para um hangar no aeroporto de Sorocaba e ficarão à disposição da Aeronáutica, que será responsável pelas investigações sobre as causas do acidente.
O corpo de Bondezan foi enterrado no início da tarde desta quinta-feira (30) no cemitério Horto Florestal em São Paulo. Já o enterro de Cauan está programado para esta sexta-feira (31) às 11h, no cemitério Parque dos Girassóis, também na capital paulista
Amigos dos dois pilotos estavam em Sorocaba e confirmaram que eles tinham muita experiência. Segundo um dos parentes de Bondezan, ele pilotava havia dez anos. Marinho Muniz, 61, foi a última pessoa a falar com os dois antes da partida em Sorocaba. Para ele, houve algum problema no avião. “A turbina deve ter parado”, disse.
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