PM e manifestantes voltam a entrar em confronto em ato contra aumento da tarifa em SP; mais de 60 são detidos
Policiais militares e manifestantes entraram em confronto a partir de 19h10 desta quinta-feira (13) na rua da Consolação, no centro da capital paulista, durante ato contra o aumento da passagem em São Paulo, que até este momento se realizava pacificamente. O conflito ocorreu no momento em que os ativistas estavam no início da rua da Consolação e queriam prosseguir com o ato sentido avenida Paulista. A PM tentava impedi-los.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/12/voce-acha-que-protestos-podem-levar-a-reducao-do-preco-da-tarifa-do-transporte-publico.js
As lideranças do movimento e os comandantes da PM tentavam chegar a um acordo quando o conflito teve início. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os ativistas, que responderam atirando objetos. A partir de então, o protesto se dispersou por várias ruas, com os policiais perseguindo os manifestantes. Cerca de 5.000 pessoas participam do ato, segundo a PM.
O ato começou por volta de 18h do Theatro Municipal e passou pela praça da República, antes de chegar na rua da Consolação. O confronto começou quando policiais e representantes do Movimento Passe Livre tentavam negociar como desenrolar do protesto. Enquanto a PM determinava que o protesto terminasse na praça Roosevelt, os ativistas queriam seguir até a avenida Paulista.
Depois da dispersão do protesto, grupos menores começaram a atear fogo em lixo pelas ruas, a exemplo do que foi feito após a repressão dos outros atos. Dispersos, os grupos prosseguiram por ruas dos bairros de Cerqueira César e Consolação para tentar chegar até a avenida Paulista. Enquanto isso, policiais do Choque os reprimiam para tentar impedi-los de seguir. A avenida Paulista foi bloqueada nos dois sentidos pela PM e CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Tanques da Tropa de Choque e um número elevado de PMs impedem o acesso à avenida. Por volta das 21h30, a rua da Consolação foi liberada. Já a avenida Paulista foi liberada às 21h45.
Mais de 60 pessoas foram presas, entre elas o jornalista Piero Locatelli, repórter de política da revista "Carta Capital", que foi preso por estar com vinagre. Por volta de 19h15, a direção da revista informou, via Twitter, que ele havia sido solto. Cerca de 40 manifestantes foram presos antes do início do ato. Além deles, a reportagem do UOL viu ao menos outros 20 sendo detidos pela PM depois do confronto. A Secretaria de Segurança Pública do Estado e a PM não confirmam o número de presos.
A reportagem do UOL presenciou também a detenção de aproximadamente 50 manifestantes, que conseguiram fugir em um momento de desatenção a PM.
Segundo o capitão da PM Elço Moreira, os detidos antes do início do ato foram apreendidos com coquetéis molotov, facas, maconha e material incendiário, além de vinagre. Eles foram encaminhados para a 78ª DP (Jardins).
Antes do início do ato, a reportagem do UOL presenciou o confronto entre policiais e manifestantes na esquina da rua Líbero Badaró e o viaduto do Chá, no centro. Jovens chegaram a jogar cones de sinalização contra os PMs.
Pessoas que passaram pelas proximidades do Theatro Municipal, no centro, tiveram as bolsas e mochilas revistadas por policiais militares. O local era o ponto de concentração do protesto.
Farmácias, lojas de calçados e de roupas próximas à praça Ramos de Azevedo fecharam as portas mais cedo, os comerciantes temiam ter estabelecimentos danificados durante o protesto.
Trânsito
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda aos motoristas que evitem a região central em razão do protesto contra o aumento da tarifa. Manifestantes bloqueiam toda a rua Xavier de Toledo. O Shopping Light, que fica nas proximidades, fechou todas as suas entradas por volta das 18h para impedir uma possível depredação.
Às 19h, a CET registrava 177 km de vias congestionadas. A média histórica para o horário é de 110 a 170 km de lentidão. A situação era pior nas zonas sul, com 60 km de vias congestionadas, e na zona oeste (38 km).
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