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Ato em Curitiba termina em confronto com PM e torcedores do Atlético

Rafael Moro Martins e Talita Boros

Do UOL, em Curitiba

21/06/2013 23h33

Cerca de 15 mil pessoas participaram do quinto protesto em Curitiba, nesta sexta-feira (21), que começou na praça Rui Barbosa, no centro, por volta das 18h, e acabou sendo dividido em pelo menos três partes. Um dos grupos, com cerca de 5.000 manifestantes, que seguiu pelo centro até o Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado, entrou em confronto com a Tropa de Choque da PM.

Os manifestantes jogaram rojões e pedras nos policiais, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. A estação-tubo Nossa Senhora do Salete foi totalmente destruída e incendiada.

Uma agência do Bradesco, localizada na avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, também foi depredada. Além disso, lixeiras, estabelecimentos comerciais, pontos de ônibus e o prédio do Fórum Cível também foram vandalizados. A PM só conseguiu controlar a situação com a chegada de reforços.

Segundo a PM, dez pessoas foram presas e quatro menores apreendidos. Todos participaram do confronto no Centro Cívico. Dois policiais ficaram feridos: um no rosto após uma garrafa ser arremessada pelos manifestantes e outro por um coquetel molotov.

Outro grupo de manifestantes caminhou até o bairro Água Verde e entrou em confronto com cerca de cem torcedores do Atlético Paranaense, quando tentavam chegar à Arena da Baixada, sede do Atlético que receberá jogos da Copa do Mundo de 2014.

Os manifestantes caminhavam em direção à Arena pela avenida Getúlio Vargas quando encontraram os torcedores da organizada Os Fanáticos, que os aguardavam na esquina da rua Buenos Aires. Munidos de paus, pedras e correntes, os torcedores foram para cima dos manifestantes.

Houve corre-corre e alguns manifestantes ficaram levemente feridos. A Tropa de Choque da Polícia Militar chegou ao local pouco tempo depois e dispersou os torcedores, que abandonaram nas calçadas as armas usadas para atacar os manifestantes.

A estudante Barbara Souza, 23, que participava da manifestação, afirmou que o grupo vinha caminhando de forma pacífica, quando encontraram a torcida em frente ao estádio. “Foi um terror. A gente só queria protestar contra a Copa”, disse.

O terceiro e menor grupo da manifestação permaneceu concentrado na praça Rui Barbosa.

O protesto começou de forma pacífica debaixo de muita chuva. A falta de uma liderança única prejudicou a unidade da manifestação e gerou a divisão dos grupos.