PM diz que 14 mil policiais reforçarão a segurança no Rio durante a JMJ
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira (19) que o policiamento da capital fluminense durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece entre os dias 23 e 28 de julho, será realizado por 14 mil militares em conjunto com órgãos de segurança dos governos estadual e federal.
A Praia de Copacabana, segundo a PM, receberá o maior efetivo. Serão 1.500 policiais por dia nos dois eventos que acontecem na orla. Ao todo, 30 torres de observação, com cinco PMs em cada, viaturas e motocicletas, reforçarão o esquema de segurança no local. Policiais farão patrulhamento à pé em todas as ruas do bairro.
Já no Complexo de Manguinhos, cerca de 500 homens vão acompanhar a visita do papa na comunidade de Varginha, que está prevista para ser realizada no dia 25.
Na zona oeste, aproximadamente 1.000 policiais vão atuar no policiamento, inclusive com equipes bilíngues. Em Guaratiba, onde será realizada a missa de encerramento do evento, no dia 28, será montado um Centro de Comando e Controle da PM para monitoramento do público. Desse efetivo, 270 vão ocupar as comunidades de Antares, Rola, Cesarão e Aço, na zona oeste.
Dois blindados e 14 viaturas vão apoiar o patrulhamento nesses locais, como acrescentou a PM, que também ressaltou o reforço policial nos terminais de transporte público (Central do Brasil, Barcas, Metrô, Rodoviária, Alvorada e Campo Grande), nas estações de BRTs e nas principais vias de acesso que cortam a cidade, assim como o Aterro do Flamengo e a Praia de Botafogo.
Todos os deslocamentos do papa serão acompanhados por 400 policiais militares e dois helicópteros.
Ação em protestos
O diretor de operações da Sesge (Secretaria Extraordinária de Segurança em Grandes Eventos), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, José Monteiro, afirmou na quinta-feira (17) que a ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro nos recentes protestos pela cidade foram "adequadas", e que a corporação vai agir da mesma forma em relação a eventuais manifestações durante a Jornada.
Segundo Monteiro, a polícia utilizará "técnicas e meios necessários" para conter possíveis distúrbios civis no decorrer da JMJ, o que pode incluir emprego de armamento não letal nos eventos marcados para a praia de Copacabana, na zona sul, com público estimado em mais de 2 milhões de pessoas.
Para o representante da Sesge, "eventuais excessos" não invalidam "a ação de toda uma tropa" e os mesmos devem ser investigados pelas autoridades de segurança pública fluminense.
"A utilização desses meios pela Polícia Militar do Rio, mesmo que possa ter havido alguns excessos pontuais, que já foram ou ainda estão sendo identificados, ocorreu de maneira adequada. (...) As forças de segurança vão utilizar os meios necessários, sejam uns, outros ou nenhum deles, para cessar qualquer ato criminoso. Isso já acontece na normalidade", declarou.
Monteiro disse que a segurança pessoal do papa poderá ser reforçada durante a passagem por Copacabana. Os setores de inteligência das forças policiais estão, segundo ele, estudando as rotas e deslocamentos do pontífice, e a "tendência" é que o efetivo seja aumentado em função de o papamóvel não ser blindado. "Em alguns pontos específicos, pode ser que não precise de reforço. Isso não é uma coisa cartesiana", disse.
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